Almeida Henriques

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Trave-se a despesa

Numa atitude responsável e de interesse nacional, o PSD tem vindo nos últimos meses a fazer avisos, quanto à necessidade de colocar as contas públicas em ordem, de voltar a dar credibilidade à imagem de Portugal junto dos mercados internacionais; o Governo procura iludir o problema, faz ouvidos de mercador resistindo nos cortes das despesas necessárias para o equilíbrio orçamental.
Num momento crítico para o País, o líder do PSD deu a mão a Portugal, viabilizou um conjunto de medidas com o objectivo de nos tirar dos holofotes e evitar a entrada do FMI no nosso País.
Com os compromissos assumidos, o Governo reforçou as receitas em 3.000 milhões de euros, 1.000 milhões em 2010 (execução de seis meses) e 2.000 milhões que encaixará em 2011; como contrapartida o Governo comprometia-se a baixar a despesa num montante igual.
Desde essa data, passaram-se três meses completos e é legítimo perguntar por resultados, isto é, como está a execução orçamental de Junho, Julho e Agosto, queremos dados objectivos para ver como se comportou a despesa pois, pelos vistos, a receita comportou-se bem.
Pelos dados que conhecemos e que queremos aprofundar, as empresas, as famílias, todos os Portugueses estão a fazer sacrifícios, todos estamos a pagar mais.
As empresas estão a dar tudo o que têm, a pagar mais impostos, a cortar todas as gorduras, a procurar novos mercados, a fazerem enormes sacrifícios para contribuírem para o todo nacional.
As famílias sentem no bolso, estão a pagar mais impostos e a dar o seu contributo necessário.
Todos fazem sacrifícios, menos o Governo, continua a gastar à grande, colocando em causa a imagem de Portugal, situação que acarreta a desconfiança dos mercados, induz o aumento dos juros e torna escasso o crédito para o País, para as famílias e para as empresas.
É uma situação que só a actuação do Governo pode controlar.
Somos o único dos quatro Países que inclui a Grécia, Espanha e Irlanda que não consegue controlar a despesa, que não se credibiliza aos olhos dos mercados, a divida continua a crescer e é fácil ver porquê.
Veja-se os gastos em propaganda do governo, os mais de 30 milhões de euros gastos em viaturas, os mais de 17.000 milhões de euros de endividamento das vinte principais empresas públicas.
O caminho que o País está a seguir é que compromete o Estado Social, é um Governo de braços caídos, impotente para travar a despesa.
Espera-se que o Governo trave a despesa, que faça o que tem de fazer, que não passe a vida a imputar responsabilidades a quem não a tem.
O PSD tem-se comportado como deve, exigindo do Governo que preste contas face ao acordado, o interesse do País é que nos comanda.

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