Almeida Henriques

terça-feira, 7 de setembro de 2010

GRANDE FEIRA DO VINHO DO DÃO EM NELAS


Iniciada em 1991, numa parceria entre o Município de Nelas e a AIRV, entre outras entidades, a Feira do Vinho do Dão tem-se vindo a afirmar como o grande evento do Vinho do Dão, com uma adesão crescente dos produtores e envolvimentos dos diferentes actores.
Estive na sessão de abertura, acompanhei a Senhora Presidente de Câmara, Dra. Isaura Pedro, a quem felicito pelo grande salto que este evento deu, o que permitiu a sua certificação de qualidade, ao longo de quatro horas visitámos as mais de seis dezenas de apresentações de excelentes vinhos do Dão.
Quer na apresentação dos prémios promovidos pela Comissão Vitivinicola do Dão quer em certames internacionais, o Dão afirma-se como uma grande região de excelentes vinhos, tintos, brancos ou rosados, tivemos oportunidade de o comprovar uma vez mais.
Fica esta nota positiva para o evento, a clarividência da Dra. Isaura Pedro ao afirmar que o desafio para os seus vinte anos será a internacionalização, cá ficamos à espera da próxima edição.
Depois da sessão de abertura, o Senhor Secretário de Estado disse aos jornalistas que a região Centro "sairia a ganhar com uma única entidade certificadora de vinhos, porque teria mais dimensão e seria melhor". "Para minha mágoa, não foi possível chegar a esse consenso, não foi possível fazer a união da região", mencionou.
Assim, foram criadas duas entidades certificadoras: a Dão Lafões e a Beiras/Bairrada e Terras de Sicó, para desagrado do Governo e contentamento dos agentes do sector vitivinícola.
Direi que não posso estar mais de acordo, várias vezes falei sobre este tema, penso que todos saímos a perder com esta solução, o Dão e a Região Centro.
Penso é que o Governo não pode lavar as mãos deste assunto, teve a faca e o queijo na mão, só não existe uma entidade única porque não foi feito o trabalho que devia ter sido feito.
Soa a hipócrita esta declaração do Senhor Secretário de Estado das Pescas e Agricultura, uma declaração de auto desresponsabilização que não lhe fica bem.
Apetece perguntar, quem é que nos governou nos últimos cinco anos?

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