Almeida Henriques

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Combustíveis aumentam, Governo actua com a arrogância habitual

A Selecção de todos nós


Na semana que termina, Viseu continua eufórica com a nossa selecção, um grande calor humano, um apoio incondicional às nossas cores, uma sintonia perfeita entre a nossa autarquia, a associação de futebol de Viseu e o tecido económico.

Na passada quinta feira foi de grande significado a sessão que decorreu no Teatro Viriato, simples, digna, emotiva, mostrando os nossos valores e talentos, com um anfitrião à altura, Dr. Fernando Ruas.

É assim que se promove o nome de Viseu, muito boa sorte para a nossa selecção.



Combustíveis aumentam, Governo actua com a arrogância habitual

Também o continuado aumento do preço dos combustíveis marcou a agenda, auguram-se tempos muito difíceis, a contestação social motivada por este problema só está a começar; serão agora os pescadores, depois os transportadores contratados para os transportes escolares, os agricultores, as empresas, todos aqueles que têm agora mais um grave problema que põe em causa a sua competitividade.

O Governo não pode assobiar para o lado, há que tomar medidas que permitam minorar o problema dos sectores mais afectados, para além da tão desejável harmonização fiscal com Espanha, é inadmissível esta disparidade de mais de 30% no preço dos combustíveis.

A teimosia e arrogância do PS e do Primeiro Ministro fazem com que o problema só se adie; veja-se o que aconteceu com a previsão do crescimento do PIB, também teimosamente o Engº José Sócrates assumia que não existiam razões para rever a previsão do Governo, depois teve que rever, embora sempre com arrogância.

É preciso lançar o concurso de beneficiação da ligação Viseu ao Sátão

Por último uma questão local, a tão ansiada remodelação da EN 229, que liga Viseu ao Sátão e ao Nordeste do distrito, uma das vias com mais tráfego e sinistralidade, um assunto que tenho abordado sistematicamente.

Efectuei uma Pergunta ao Governo em finais de Fevereiro, com resposta em Maio e com a promessa do Ministro Mário Lino, aquando da última deslocação a Viseu em Março, de estar para breve o lançamento do concurso.

Da resposta do Governo ressalta que “o projecto de execução não necessita de ser submetido a procedimento de impacte ambiental”, que “o troço terá 15 kms com homogeneização do perfil transversal, o recurso a alargamentos pontuais e o tratamento urbano das travessias de povoações”, que a “obra está inscrita no plano de investimentos da EP, Estradas de Portugal” e que terá “um custo de 7,8 milhões de euros”.

Ficam sem resposta questões fundamentais como quando perspectiva abrir o concurso público que permitirá iniciar a obra? Qual o cronograma do investimento, concurso, construção e finalização?

Convenhamos que, depois do anúncio, esperávamos mais, aliás… muito mais… Quantas vidas mais se terão que perder para o problema ser resolvido, Senhor Ministro Mário Lino, Senhores Deputados do Partido Socialista?

Em relação à questão “sendo esta uma via que continuará sempre como de ligação entre diferentes freguesias e com grande tráfego local, que estudos estão em curso que prevejam uma solução mais estruturante de ligação do Sátão à A25 ?”, a resposta foi “que se encontra em fase de conclusão a intervenção de beneficiação das EENN329 e 329-1 entre Sátão e Mangualde, que dotará esta ligação à A25 de condições de circulação adequadas”.

É esta a posição definitiva do Governo sobre este importante assunto ?

O Governo socialista no seu melhor!...

In Diário de Viseu, 30 de Maio de 2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Unir esforços para revitalizar o Centro Histórico

Urge unir esforços para revitalizar o Centro da Cidade


Ainda bem que a discussão em torno da dinamização do centro histórico tem vindo a ganhar adeptos, é algo de que venho a falar há mais de cinco anos, é bom verificar que os comerciantes, bem como alguns cidadãos que protagonizaram uma petição sobre o assunto e a autarquia colocaram este problema na ordem do dia e como prioritário.

Recordo muitas vezes a minha própria experiência de juventude, quando vivia na rua Direita e éramos às dezenas os jovens que a utilizavam a caminho do Liceu Alves Martins e da Escola Comercial.

Hoje, contam-se pelos dedos as crianças que vivem nesta zona da cidade, a população é esmagadoramente idosa e há uma evidente desertificação.

A politica de solos praticada um pouco por todo o País, empurrou as pessoas para as periferias das cidades, criando as chamadas “cidades donut”.

Quem acaba por pagar a factura mais pesada é o pequeno comércio tradicional que, apesar de assentar a sua estratégia numa postura personalizada, de simpatia para com o cliente, não consegue contrariar o movimento decrescente das receitas que entram na caixa registadora, pois as pessoas não circulam nas artérias onde estão localizados.

É de facto preciso unir esforços, mas com urgência, o projecto apresentado pela Autarquia, preparado pela Parque Expo, é um bom ponto de partida, deve ser a partir deste que toda a discussão deve ser mantida.

Como pressupostos desta discussão tem que estar a dinamização de um ou vários centros comerciais de ar livre que concorram com as outras ofertas que temos na cidade; para isto acontecer, importa que os comerciantes tenham mais espírito associativo, uma participação activa da autarquia na concentração de eventos que levem as pessoas ao seu Centro mas, importa também, que o Governo “acorde” e que dê também prioridade a esta questão, designadamente, deixando-se das “esmolas” do Modcom, e alocando as verbas do QREN e do Fundo do Comércio, na sua totalidade, para a dinamização dos Centros Urbanos nas suas diferentes vertentes, não vale a pena “pulverizar” apoios, é preciso “concentrar”, com uma lógica integrada que produza um efeito mobilizador e estanque o problema.

Ao mesmo tempo, é preciso que as pessoas voltem a viver nos centros urbanos, envolver empresas e empreendedores na reconstrução dos edifícios e estimular casais jovens a instalarem-se.

Fundamental também é a localização de estruturas que tragam pessoas ao Centro.

Nesta matéria, espero dar um bom contributo e que a Escola Tecnológica de formação dual, parceria entre o Conselho Empresarial do Centro (CEC) e a Câmara de Comércio e Indústria Luso Alemã que estou a dinamizar, se possa instalar no centro histórico.

Todos os contributos ajudam, este é o meu, discutir o assunto, ajudar a encontrar soluções e aproveitar sinergias, ao contrário de outros actores que só falam, falam … e não os vemos a fazer nada, actuam como autênticas caixas de ressonância do Governo, esquecendo-se que foram eleitos Deputados para servirem o seu círculo eleitoral.

Viseu Gourmet, uma aposta ganha

Uma palavra para o Viseu Gourmet que arrancou na quinta feira, uma aposta ganha da Comissão Vitivinícola do Dão e da Região Turismo Dão Lafões, duas instituições que se habituaram a andar de braço dado, para bem de todos nós.

Felicito as duas instituições, a promoção de Dão e de Viseu faz-se com iniciativas de qualidade, apesar de ser só a segunda edição, é uma iniciativa que já ganhou o seu espaço.

In Diário de Viseu, 23 de Maio de 2008

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Revisto o cresciemnto do PIB

Governo revê em baixa, de 2,2% para 1,5% o crescimento do PIB


A semana fica marcada pelas nuvens negras que pairam sobre a economia portuguesa, os avisos já tinham sido feitos por vários organismos internacionais que consideravam optimistas as previsões do Governo, alertei para o facto há quinze dias com base nas previsões da União Europeia.

Se olharmos para as contas do primeiro trimestre de 2008, verificamos que o PIB neste período terá diminuído 0,2% face ao último trimestre de 2007, o que levou o Governo a rever em baixa, dos 2,2% previstos para 1,5%, a previsão do crescimento para 2008.

Infelizmente tinha razão, a conjuntura internacional tem aqui um papel decisivo, mas não é menos verdade que o Governo fala muito e faz pouco, a propaganda não esconde os maus resultados do Plano Tecnológico, da falta de politicas concretas para as micro e pequenas empresas, do esvaziamento cada vez maior dos centros urbanos, das grandes dificuldades das empresas portuguesas e das famílias.

Se juntarmos a isto tudo os aumentos constantes dos combustíveis, sem que o governo reveja os impostos excessivos sobre este bem essencial, para já não falar de não apresentar medidas concretas para ajudar as famílias, como acontece com a nossa vizinha Espanha, faz com que uma nuvem negra paire sobre os portugueses.

A agravar, também os impostos são cada vez maiores, um estudo da Universidade Nova diz que os portugueses trabalham 139 dias para pagar impostos, mais um dia do que no ano passado, o que significa que só começámos a trabalhar para nós ontem, sexta feira 16 de Maio.

Vem aí a selecção de todos nós

Para não falar só de aspectos negativos, realço o início da operação Selecção, ela aí esta em Viseu a partir de domingo, um acontecimento que irá marcar a vida da nossa cidade nos próximos quinze dias.

Mais uma vez, a visão alargada da autarquia de Viseu em parceria com as forças vivas do Distrito, fazem com que Viseu seja promovido nas suas diferentes facetas, que esteja presente nas televisões de todo o mundo.

De facto, como diz o Dr. Fernando Ruas, “ Viseu rima com Europeu “ e “ selecção rima com coração “.

Boa sorte para a nossa selecção e parabéns a Viseu por esta iniciativa e pela forma carinhosa como vai receber a nossa equipa das Quinas, que seja um bom talismã para a vitória.

In Diário de Viseu, 16 de Maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Vários motivos para censura ao Governo

A semana fica marcada, não tanto pela apresentação da moção de censura ao Governo pelo PCP, mas pela afirmação surpreendente do Primeiro Ministro ao dizer “ que há vários motivos para uma censura ao Governo, mas não a revisão do código de trabalho “.

De facto, cada vez mais os portugueses censuram o Governo, sendo mesmo difícil encontrar uma pessoa que concorde com a actuação; as famílias estão cada vez mais endividadas, o flagelo do desemprego bate à porta de todos, todos os dias encerram micro e pequenas empresas, o clima de confronto com as diferentes classes profissionais é constante, “ muita parra e pouca uva “, como diz o Povo!

Não esperávamos é que fosse o próprio Eng.º. José Sócrates a admitir, ainda que com uma expressão mal pensada, mas que reflecte o subconsciente, que os portugueses têm muitos motivos para censurar o Governo.

Processo de ratificação do Tratado de Lisboa concluído

Facto relevante foi também a comemoração do Dia da Europa marcado pela ratificação do Tratado de Lisboa, após a aprovação pela Assembleia da República, o Senhor Presidente da República ratifica-o, não haveria melhor forma de assinalar este dia; esperamos que o processo de ratificação por parte dos 27 Estados Membro decorra até ao fim com normalidade, para que possamos ter regras mais expeditas de Governância da Europa a partir do próximo ano, é fundamental para o nosso desenvolvimento, para responder aos desafios da globalização e acelerar a estratégia de Lisboa, entre muitos outros temas.

Abertura do Comércio ao domingo

É o meu próprio partido que dá “ boleia “ ao Governo, ao apresentar uma proposta de delegar nos municípios a possibilidade de decidirem a abertura ao domingo; aprovado na generalidade, baixa agora à Comissão de Economia para discussão na especialidade. Por principio sou contra a abertura do comércio ao domingo, é mais um contributo para uma cada vez maior desagregação da família, com os pais com horários desencontrados, os filhos nas aulas ao longo da semana, quando há espaço para a família se juntar e viver em comum? Penso que em sede de especialidade se deveria ponderar melhor esta possibilidade, os próprios municípios, se vierem a ter esta competência, têm que pensar na felicidade das famílias; a maior parte dos países da Europa respeitam o domingo como descanso.

Obviamente que também não concordo que o critério de abertura tenha a ver com a dimensão do estabelecimento; talvez encontrar um meio-termo que permita pelo, pelo menos, de quinze em quinze dias, o encontro da família, um fim-de-semana de partilha, mas sendo um principio para todos.

Além disto, uma medida destas nunca deveria ser tomada duma forma isolada, devia ser integrada com um plano estruturado de apoio à dinamização dos Pólos Urbanos e do Comércio de proximidade, para já não falar de outras medidas de protecção como por exemplo um programa que garanta que 20% das compras do Estado sejam efectuadas a micro e PME’s e um melhor acesso ao crédito, entre outras.

Duas notas finais, uma para me congratular como facto de o Dr. Fernando Ruas ser o Mandatário Nacional do Dr. Pedro Passos Coelho, nas eleições do PSD, é um reconhecimento da Pessoa e dos Autarcas.

Outra para registar o apoio do Dr. Fernando Ruas ao reatar da ligação aérea Viseu/ Lisboa; registo também a disponibilidade da Aerovip e o “não fechar da porta” do Secretário de Estado das Obras Públicas; o que pensam os Deputados do PS sobre esta matéria? Calados como sempre, à espera do sinal do Governo!

In Diário de Viseu, 8 de Maio de 2008

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Inicio a coluna no Diário de Viseu

Felicito o Diário de Viseu por mais este espaço de debate politico; semanalmente procurarei trazer a esta coluna a minha leitura politica da semana bem como destacar iniciativas ocorridas, não me furtando ao debate e à manifestação livre das minhas convicções.


A última Assembleia Municipal de Viseu aprovou por unanimidade uma moção por mim apresentada defendendo uma divisão justa das Direcções Regionais pelos seis distritos da região centro; realcei que das principais áreas, economia, formação, agricultura, saúde, educação e planeamento, entre outras, nada estava previsto para Viseu, defendi também a localização na nossa cidade da Direcção Regional das Estradas de Portugal EP.

Afinal, ao contrário do que dizia o líder da distrital do PS, não estava a falar sozinho, antes pelo contrário, são os seus próprios “ Camaradas “ que manifestam a mesma preocupação e que votam, solidariamente com Viseu, a moção apresentada ( aprovada por unanimidade); este, pelo contrário, lança um ataque esfarrapado, opta por colocar a cabeça na areia, prejudicando Viseu.

Porque não juntarmos esforços e defendermos a nossa Terra ? Com esta postura autocrática e de quem tudo sabe, vamos perdendo os serviços principais contentando-nos com “ migalhas “ como a Direcção Regional do Instituto das Condições do Trabalho !...

Outros Distritos ficarão a ganhar porque uniram esforços e têm dirigentes que colocam os interesses das populações acima do interesse político partidário.

Realço também a sessão comemorativa do 25 de Abril, comemorando o 34º. Aniversário, promovida pela Assembleia Municipal na Junta de Freguesia de Silgueiros, com a participação de ilustres Deputados da Constituinte, João Lima e Florido Marques do PS e Coelho de Sousa e Victor Boga do PSD, um momento alto, depoimentos de grande riqueza e valor histórico e humano.

Para que a história da Constituição seja contada de viva voz, exorto aos constituintes que juntem os seus depoimentos aos dos restantes e editem um livro sobre o tema, fica a proposta e o compromisso de ajudar a concretizar este objectivo.

A semana ficou também marcada pela revisão das previsões económicas da União Europeia, que prevê um crescimento de 1,7% do PIB para este ano, muito abaixo das previsões do Governo que apontam para 2,2%, bem como do deficit público que prevê venha a aumentar para 2,6% vem 2009, verificando-se uma atitude pouco prudente do Primeiro Ministro que recusou rever em baixa as previsões; tempos difíceis se aproximam, designadamente para as famílias e micro e pequenas empresas.

O Governo, ao invés de apresentar medidas que ajudem, seguindo o exemplo espanhol, assume uma atitude teimosa de querer ignorar a realidade.

Por último, uma palavra sobre as eleições no meu partido, realçando o facto de, desta vez, não se verificarem faltas de comparência e termos um leque alargado de opções.

Penso que a disputa será entre os meus Companheiros Pedro Passos Coelho e Manuela Ferreira Leite, sendo que a minha preferência vai para o primeiro, pela postura, pelas ideias novas que transmite, pela novidade que representa.

Conheço-o desde os 15 anos, penso que dará um excelente Presidente para o PSD e será um adversário à altura para disputar as eleições de 2009.

Realço também a coragem e disponibilidade de Manuela Ferreira Leite que se disponibiliza para o debate e para o combate politico; penso que o PSD, depois de 31 de Maio sairá mais reforçado e se preparará para apresentar aos portugueses um projecto alternativo e credível.

In Diário de Viseu, 2 de Maio de 2008