Almeida Henriques

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Grosseria e má educação

O comunicado do PS reagindo às nossas declarações, aquando de uma visita de trabalho a Nelas é, no mínimo, grosseiro e malcriado, fazendo um ataque pessoal a uma posição política assumida pelos Deputados de Viseu eleitos pelo PSD.
Assumimos e mantemos que existe uma instrumentalização das funções públicas por parte do PS, só não será visível por parte de quem não quiser ver.
Senão vejamos, por onde passam os membros do Governo e o Senhor Governador Civil nas inúmeras visitas que efectuam ao Distrito, só muito excepcionalmente visitam autarquias presididas por social-democratas, verificando-se uma concertação na promoção das instituições e das personalidades ligadas ao Partido Socialista.
No relacionamento com instituições, onde vão parar, normalmente, os projectos aprovados, senão a entidades dirigidas por socialistas, vejam-se as recentes aprovações das Unidades de Cuidados Continuados, em que o facto notório foi a não aprovação da candidatura da Misericórdia de Viseu.
E que dizer dos Gabinetes de Inserção Profissional que, numa primeira fase foram parar aos Municípios e Juntas de Freguesia socialistas ou instituições ligadas e, só depois de amplos protestos, foram duplicadas as aprovações para contemplar outras situações, designadamente autarquias do PSD, em vésperas de eleições autárquicas.
E quanto às situações com a que denunciámos em Janeiro de 2009, quando o candidato a Presidente da Câmara de Mangualde e um Deputado, agora Governador Civil, visitaram Freguesias a atribuir apoios comunitários no âmbito dos caminhos rurais, que deviam ter análise isenta e que estes alardearam como tendo sido aprovados com a sua influência política.
Não será, tudo isto, instrumentalização das funções públicas por parte dos socialistas?
Quando falamos de mais de quinhentas pessoas envolvidas nesta “rede” de influências socialistas, estamos a falar daqueles que eram tradicionalmente vistos como lugares políticos, hoje muito mais alargado, da saúde à segurança social, passando pela formação e centros de emprego, gabinete do Governador Civil, Protecção Civil, CDOS, Educação, Agricultura, IPJ, etc. etc., para além dos indirectos que resultam dos apoios a "associações alinhadas" no que diz respeito aos gabinetes do Rendimento Social de Inserção (dezoito gabinetes com seis pessoas em média) e pelo menos duas dezenas de Centros Novas Oportunidades (grande parte das entidades beneficiária concertada, equipas em média com 10 pessoas) e de outros tantos Gabinetes de Inserção Profissional (em média 3 pessoas).
Se pecamos, na nossa análise, será por defeito, houve sempre a preocupação de colocar na primeira linha pessoas de confiança relegando para segundo plano outros técnicos ou criação de estruturas paralelas para que se pudessem recrutar mais pessoas de "confiança".
Não se trata de uma análise efectuada “...de alguém que está com convulsões febris...”, como refere o PS em relação a mim, mas uma avaliação efectuada pelos Deputados eleitos pelo Distrito nas listas do PSD, não é uma avaliação individual.
Já não é a primeira vez que os dirigentes socialistas me mimoseiam com epítetos idênticos, embora já há quatro anos que não assistia a uma grosseria tão torpe.
Não resisto a citar, por concordância, o artigo do meu colega e Deputado João Carlos Figueiredo no jornal do Centro que diz, “Paralelamente, os actuais governantes estão a fazer “marcação cerrada” a determinadas camadas da população, através da criação de equipas constituídas por elementos recrutados ao arrepio das mais elementares regras de admissão nos serviços públicos. Os Gabinetes de Inserção Profissional, as Equipas de Acompanhamento dos beneficiários de RSI, o Gabinete do Agricultor (porquê na Câmara de Mangualde? Mais uma coincidência! …) têm como finalidade acompanhar a atribuição de subsídios. Alimentar a clientela partidária e manter uma teia que lhes possibilita “controlar” uma fatia importante do eleitorado, não deveria constar das suas funções. Proximidade, no léxico e prática socialista, é sinónimo de parcialidade. O que além de injusto é deplorável.”
São estas práticas que criticamos, a sociedade civil só é forte quando separada do poder político, estas convicções sempre as defendi e defendo, a promiscuidade entre os partidos políticos e as instituições é má para a Democracia.
No domínio das nomeações, António Guterres criou uma lei que obrigava à realização de concursos para os lugares de chefia da administração pública mas, o PS já instrumentalizou todo este processo e só ganha o concurso quem tenha “água benta” de quem manda.
Esta prática no Distrito não é muito diferente da que é seguida a nível nacional, o PS não se coíbe de nomear os “seus” para as diferentes funções, do BdP ao Tribunal de Contas, passando pelas diferentes autoridades, o que já levou o PSD a defender que estas nomeações sejam efectuadas pelo Parlamento.
Não me calei nem calarei, direi sempre o que penso, não sou como alguns Comissários Politicos do PS que fizeram sempre as suas carreiras na sombra do partido, tenho um percurso profissional, político e público que pode ser avaliado.
Como diz o PS em comunicado sou “… alguém que carregue a grande frustração de ninguém o querer ouvir em Viseu, desde logo dentro do próprio partido…”, talvez por isso é que, em mais de vinte anos de percurso público, tenho sido eleito para inúmeras responsabilidades na vida política e social, coordene actiualmente os Deputados eleitos pelo PSD ou assuma a vice-presidência da bancada do PSD, para além de ser, por eleição, Presidente da Assembleia Municipal de Viseu, de facto ninguém me quer ouvir ou considera!...
Combate político é uma coisa, estou habituado a ele mesmo que seja duro.
O ataque pessoal como resposta a afirmações politicas, denota que tocámos num ponto sensivel, só reaje assim quem tem consciência que a estratégia foi denunciada e que os cidadãos vão estar mais atentos. 
Ataques pessoais violentos, mal-educados e grosseiros, só merecerão da minha parte desprezo.

sábado, 29 de maio de 2010

Apoiem-se as empresas

A situação económica e financeira do País implica uma atenção redobrada e firmeza nas medidas e aplicação das mesmas, ao mesmo tempo que é preciso controlar as contas públicas, não se pode descurar o apoio ao nosso tecido empresarial.
É por isso inadmissível que o Governo tenha lançado a linha PME INVESTE 5, com uma dotação de 750 milhões de euros e promessa de reforço para 2 mil milhões e, agora, a deixe encerrar sem ter assegurado a sua continuidade.
É por todos sentida a grande dificuldade de acesso ao crédito, os elevados spreads que se praticam, para além da escassez de recurso que levam a Banca a só emprestar dinheiro em operações que ofereçam um risco reduzido.
Estas linhas de crédito, com recurso à garantia mútua e bonificação das taxas de juro, eram uma feliz formatação que permitia às empresas e banca estruturar operações e aprová-las com relativa rapidez, com o “conforto” do Sistema de Garantia Mútua, para além de ser um sistema que penaliza pouco o Orçamento do Estado.
È por todos assumido e aceite o diagnóstico da debilidade do financiamento das empresas portuguesas, a garantia mútua e o capital de risco são dos poucos instrumentos que as politicas públicas podem utilizar para ajudar as empresas.
Mas, enquanto o capital de risco não se aplica à generalidade das necessidades de financiamento das empresas, a garantia mútua é de aplicação mais abrangente, permitindo financiar empresas de diferentes áreas e tamanhos.
Por isso, esperava-se que este instrumento fosse cada vez mais utilizado, com recurso a linhas para financiamento e promoção das exportações, em produtos formatados que facilitassem o acesso por parte das empresas e Banca.
Mais uma vez o Governo andou mal ao deixar esgotar esta linha, parece não perceber que na vida de uma empresa uma semana pode ser fatal, as operações que estavam em análise ficam agora suspensas, a acreditar nas palavras do Senhor Secretário de Estado haverá um novo acordo daqui a quinze dias, depois a publicação e entrada em vigor, o que implica que haverão novas aprovações lá mais para o pico do Verão.
Quantas empresas deixarão de existir em virtude deste garrote? Quantas já sucumbiram aos atrasos permanentes dos pagamentos do Estado? E da falta de compensações de créditos entre Estado e empresas?
É caso para dizer, estamos perante um Governo irresponsável que todos os dias ajuda a agravar a crise que se vive no nosso País e que responde sempre com a candura de quem não tem responsabilidades.
Para finalizar direi, as PME portuguesas agradeciam que o Governo tivesse comemorado a Semana Europeia das PME, não com inúmeras acções de show off espalhadas pelo País, mas com a resolução de problemas concretos com que se debatem, como as dificuldades de acesso ao crédito.
In Diáro as Beiras

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Pergunta ao Governo sobre suspensão da Linha PME INVESTE V

No seguimento da apresentação do Plano Anti-Crise lançado em finais de 2008 (13/12/2008), com o nome Iniciativas para o Investimento e Emprego (IIE), e dadas todas as dificuldades vividas no momento actual, cumpre saber o que foi feito e em que medida os cerca de 2,2 mil milhões de euros anunciados na altura foram já utilizados e que efeitos produziram.
O resumo dos cinco eixos estruturais apresentados e o total de recursos implicados foi:
1 - Modernização das Escolas – 500 milhões €
2 - Energia Sustentável – 250 milhões €
3 - Modernização da Infra-estrutura Tecnológica – 50 milhões €
4 - Apoio especial à actividade económica exportações e PME – 800 milhões €
5 - Apoio ao Emprego – 580 milhões €
Total – 2.180 milhões €
No que toca a apoios à Micro, Pequenas e Médias Empresas, para além deste plano, e no seguimento das diversas linhas PME INVESTE, foi apresentada a PME INVESTE V com os seguintes contornos:
Micro e Pequenas Empresas, 250 milhões de euros com euribor+0,75%, com um mínimo de 1,5%
Geral, 500 milhões de euros com euribor+1,75%
Total da linha, 750 milhões de euros
No âmbito desta linha, temos obtido informações contraditórias, nomeadamente do que diz respeito à já completa utilização, ou não, dos montantes em causa.
Dizem algumas Associações também que a suspensão por parte dos bancos poderá estar associada à falta de prestação de garantias aos bancos por parte do Estado.
Relembrando que grande parte do nosso tecido empresarial com maiores dificuldades são micro e pequenas empresas, urge saber em que medida as duas “sub-linhas” estão efectivamente esgotadas (os 250 e os 500 milhões) e de que forma será renegociada a re-abertura das mesmas, em particular face às declarações de um secretário de estado que diz: “será um apoio em condições diferentes daquele que foi prestado até agora”.
Relembramos que o acesso ao crédito tem vindo a ser cada vez mais difícil, em particular para as micro, pequenas e médias empresas, não apenas nas restrições impostas mas também nos spreads praticados (com tendência para um agravamento ao longo dos próximos meses).
Como se tudo isto não bastasse, o actual compasso de espera do Governo, num momento extremamente delicado, vem inviabilizar a utilização de um dos poucos instrumentos que as empresas ainda tinham à sua disposição.
Assim, cerca de 1 ano e meio depois do plano anti-crise e no seguimento de mais uma PME INVESTE solicitamos resposta às seguintes questões:
i) Das verbas acima indicadas para o IIE, quanto foi já efectivamente consumido por cada um dos eixos?
ii) Dos objectivos estratégicos que foram definidos aprioristicamente para o IIE quais foram já cumpridos na totalidade e quais, e em que percentagens, foram parcialmente cumpridos?
iii) No que diz respeito à PME INVESTE V, existe algum constrangimento para além do que foi oficialmente comunicado (plafond esgotado)?
iv) No seguimento do que foi dito relativamente ao reforço da PME INVESTE V com mais 2 mil milhões de € para quando o levantamento da actual suspensão, e com que montantes e taxas será apresentado esse mesmo reforço?

terça-feira, 25 de maio de 2010

Visita ao Municipio de Nelas


No âmbito das visitas que os Deputados do PSD estão a efectuar aos Municipios, reunimos com a Sra. Presidente da Câmara Municipal de Nelas, Dra. Isaura Pedro, no passado dia 24 de Maio.


Entre vários temas, designadamente a situação económica e social do País, discutimos a questão das acessibilidades, o desenvolvimento do Concelho, a captação de investimento e a rede educativa.

O IC12 é a via estruturante que deverá servir o Concelho de Nelas, constantemente adiada pelo Governo socialista acabou por ser incluída, o troço Mangualde/ Canas de Senhorim, no malfadado concurso das auto-estradas do Centro, anulado duas vezes e agora suspenso; afinal de contas, estamos a falar de pouco mais de 20 kms, já com troço definido desde o Governo de Durão Barroso, que deveria ter sido efectuado no mandato anterior; infelizmente tal não aconteceu e é difícil prever quando tal irá acontecer.

Reiterámos à Sra. Presidente da Câmara o nosso apoio a esta infra-estrutura, que deverá avançar como pequena obra de proximidade que é, não integrada num mega concurso como aconteceu, com o triste resultado.

Quanto ao IC37, que permitirá ligar Viseu a Nelas e Seia, é também uma acessibilidade fundamental para este Concelho que tem o apoio do PSD, dentro das disponibilidades de investimento futuro do País .

No que ao desenvolvimento e captação de investimento diz respeito, verificámos o excelente trabalho que o Município tem desenvolvido, designadamente nas zonas industriais de Nelas e Canas de Senhorim onde se verifica a instalação de novas pequenas e médias empresas, numa política de proximidade e captação de investimento, com consequente criação de postos de trabalho, desenvolvida pelo executivo.

No domínio escolar está em curso a construção do Centro Educativo que permitirá reforçar a rede escolar e melhoria da cobertura do Concelho; entende-se que não poderá haver lugar a encerramentos de escolas enquanto esta infra-estrutura não estiver concluída, o que só ocorrerá no ano lectivo de 2011/12.

Por último foi debatido o diferente tratamento que é dado aos municípios socialistas por parte dos vários responsáveis nomeados para funções politicas pelo actual Governo, nos diferentes domínio.

Do Governador Civil aos responsáveis educativos, da segurança social ao RSI, passando pelos CNO's, há uma efectiva instrumentalização das funções públicas, colocadas ao serviço do PS, uma utilização abusiva do aparelho do Estado que é de todos nós; estima-se que, nas diferentes funções, o PS possa ter hoje mais de 500 pessoas nomeadas no Distrito devidamente articuladas entre si, o que evidencia a necessidade de, cada vez mais, separar o que é administração pública do exercício da actividade política, confundindo-se, muitas vezes, Pessoas que exercem funções partidárias e públicas, em simultâneo.

Enfim, o Partido Socialista no seu pior, tendo como maestro o Governador Civil e o Secretário de Estado do Poder Local, numa clara utilização dos meios públicos como nunca se viu.

Censura

Se há Governo que merece censura é este, o que o “salva” é a difícil situação do País e o facto de a possibilidade de mergulharmos também numa crise política poder trazer graves problemas.

O PCP apresentou a sua Moção de Censura para marcar a agenda política e antecipar-se ao BE, o PSD não se poderia associar pois temos consciência da situação do País e dos mercados, mergulharíamos numa crise com consequências graves para os Portugueses.

Optámos pela abstenção porque quisemos evitar uma crise política mas, ao mesmo tempo, reafirmar que não concordamos com as opções do Governo, a responsabilidade pelo actual estado das coisas é da exclusiva responsabilidade do Governo e do Partido Socialista.

Na discussão do Orçamento do Estado para 2010 e no debate do PEC, assumimos sempre que as medidas contidas não seriam suficientes, ao mesmo tempo que sempre acusámos o Governo de não ter efectuado as reformas necessárias ao País.

Autista como sempre, José Sócrates desculpou-se com a crise internacional numa primeira fase, para agora procurar fazer passar a mensagem de um grande europeísmo, referindo que o esforço patriótico é para salvar o euro dos ataques especulativos.

São tantas as contradições entre membros do Governo, avanços e recuos por parte do Primeiro-ministro que já ninguém o leva a sério.

Ninguém entende as constantes nuances de análise do País, num dia todos os problemas estão resolvidos e controlados para logo a seguir vir pedir sacrifícios aos portugueses.

O País está numa situação de emergência mas teima em querer continuar com obras que não temos dinheiro para pagar, como o TGV, novo aeroporto ou terceira travessia do Tejo.

O nosso alerta é constante, é preciso travar a despesa e esta não se consegue com meras manifestações de vontade, é preciso uma atitude enérgica.

Este seria o momento adequado para redefinir algumas funções do Estado, reorganizar, fundir ou extinguir alguns serviços, definir objectivos concretos de combate ao desperdício, serviço a serviços, envolvendo todos os portugueses neste esforço.

Era o momento certo para focalizar o esforço do País no tecido produtivo, ajudando as empresas nos domínios da liquidez e financiamento e promoção das exportações, bem como a substituição de produtos importados por produção nacional.

Até ao momento, só vi o Governo com pressa na cobrança de imposto, mesmo querendo impor a retroactividade de algumas alterações ainda não votadas pela Assembleia da República; quanto à despesa, vai empurrando com a barriga, perdendo uma boa oportunidade de responder com uma maior eficiência dos serviços, para também ajudar a economia a recuperar.

Começamos todos a estar saturados deste Governo, da sua inacção e da sua irresponsabilidade.

Ao menos, que façam o que tem de ser feito, que se concentrem na redução da despesa, que coloquem os pés no chão e reajam com bom senso, nunca o País precisou de tanto.

In Noticias de Viseu

segunda-feira, 24 de maio de 2010

É urgente resolver a questão da Fisioterapia em Viseu!

" Afinal a tála ao fim de 3 anos sempre a consegui e já a tenho, e a doutora (???)  ficou toda contente até saltou; para meu espanto não tenho vaga na fisioterapia para adaptação da tal bendita tála, para quê o Hospital pagar esta despesa se não me põem a adaptar com ela. É mais um exemplo que temos no nosso distrito."

Mais um desabafo de um cidadão de Viseu, a juntar a centenas, milhares de queixas que se ouvem por todo o lado.
O Governo continua insensível a dizer que está a avaliar as convenções, resposta que já ouço há cinco anos.
Responde tarde e a más horas e com falta de racionalidade económica, envia doentes de táxi para o Luso, Régua ou Gouveia, manda efectuar próteses e talas e depois não marcar a fisioterapia aos doentes.
Esta é claramente um situação de excepção, Viseu tem competências instaladas, abra-se um concurso extraordinário para permitir aos viseenses terem acesso à fisioterapia.
Vou pedir uma audiência ao Presidente da ARS Centro, tem que resolver este assunto de imediato, é inadmissivel mais demora, já chega de má gestão e transtornos causados a quem precisa.
O PS já deixou cair a Universidade, espero que não deixe também cair por terra esta promessa da campanha eleitoral, de resolver o problema da fisioterapia e, já agora, da unidade de radioterapia do Hospital S. Teotónio, para quando?
Desafio os cidadãos a trazerem a público situações como esta e outra que relatei recentemente no meu blog.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Tributo Solidário

Uma das ideias fortes que marcou a campanha de Pedro Passos Coelho foi o tributo solidário, levar a que os que beneficiam da solidariedade de todos nós através dos nossos impostos, retribuírem em trabalho social.

Em termos práticos, os que usufruem do rendimento social de inserção, subsídio social de desemprego e subsídio de desemprego, passariam a ter que retribuir à sociedade em horas de trabalho ou através da aquisição de novas competências.

Este trabalho seria prestado em instituições de solidariedade social ou nas autarquias, o projecto de lei criava um conjunto de procedimentos a serem aplicados pelo Instituto de Emprego e Centros de Emprego.

Defendíamos também um maior rigor no acompanhamento destas medidas de apoio social, na perspectiva de criar confiança entre os cidadãos que contribuem e os que são beneficiários.

Não está em causa o direito ao subsídio de desemprego ou o apoio social que a sociedade deve dar aos mais carenciados, mas sim a transparência na concessão dos apoios e a retribuição.

Todos conhecemos casos de cidadãos que recebem o rendimento social de inserção e que auferem um rendimento maior do que os que trabalham, para já não falar do desperdício que é passarem os anos mais produtivos não fazendo nada de útil para a sociedade, é injusto para os que trabalham e para os que são beneficiários.

Para além das fraudes de que toda a gente fala e da injustiça para os que trabalham de verem outros à boa vida, alimentando vícios e afastando-se cada vez mais do mercado do trabalho.

O PS e toda a esquerda quiseram desvirtuar o debate e chumbaram a nossa iniciativa, não quiseram seguir o caminho que propúnhamos de valorização pessoal e social do beneficiário.

O que a nossa metodologia permitiria era que as pessoas nestas circunstâncias se valorizassem através de acções de formação, pudessem ser úteis à sociedade, para já não falar do facto de manterem uma ligação ao mercado de trabalho o que poderia permitir o aparecimento de oportunidades de emprego.

Na situação difícil que o País vive, temos que ser mais solidários do que nunca com os mais carenciados e com os que têm a fatalidade de caírem numa situação de desemprego, mas não podemos deixar de envolver na criação de riqueza todos os que têm condições para tal.

A esquerda chumbou o nosso projecto, mas não baixaremos os braços quanto a uma causa que consideramos justa, o tributo solidário.

Tenho falado com muitas pessoas, verifico que há um entendimento alargado quanto a esta proposta; ainda há poucos dias era a minha própria empregada a contar casos de vizinhos que vivem melhor do que ela, passam os dias no café, usufruindo do rendimento social de inserção, nada fazendo para procurar emprego; esta metodologia combatia o ócio, contribuía para uma maior realização das pessoas, mantinha-as próximas do mercado do trabalho e ajudava as instituições de solidariedade social colocando estes cidadãos a dar um contributo cívico à sociedade.

Voltaremos à carga com esta ideia, temos a convicção que vai no sentido correcto.

In Diário de Viseu, 21 de Maio de 2010

Presidente da Camara de Penedono, sobre o transporte de doentes para Vila Real

terça-feira, 18 de maio de 2010

Requerimento em defesa dos doentes de Penedono

O facto de Penedono ter passado a integrar, de há um ano a esta parte, a ARSNorte está a levantar problemas administrativos graves que urge resolver.
Acontece que as credenciais que estavam a ser passadas aos utentes estão todas a ser devolvidas pela ARSNorte uma vez que foram passadas pelos serviços da ARSCentro.
É nosso entendimento que custará menos ao Estado suportar as despesas de transporte de Penedono para Viseu do que para Vila Real, quer pela distância quer pelos transportes disponíveis.
O certo é que com a situação criada há prejuízos evidentes que urge ultrapassar, nomeadamente o pagamento das dívidas de transporte de doentes aos bombeiros locais.
Requer-se, portanto, nos termos legais e regimentais, que o Ministério, que é uno e só administrativamente divisível, informe de que maneira pretende ultrapassar a situação criada.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Atitude responsável

Elogio a atitude responsável do Dr. Pedro Passos Coelho face à situação do País, um líder de oposição sem visão não se comportaria desta forma, colocando-se do lado dos portugueses e das soluções.
Por contraste, o irrealismo e a insensatez do nosso Primeiro-ministro, cada vez são mais evidentes na condução da difícil situação do País, parece não compreender o que se passa à sua volta e, cada dia que passa, nega a situação para no dia seguinte vir dizer com candura o contrário.
Assistimos a uma situação de negação da situação de emergência nacional que vivemos nas finanças públicas.
È um facto que a situação se tem degradado pelo contexto financeiro que se vive na Europa mas, a verdade é que a situação é ainda mais grave pelas politicas erradas que o Governo seguiu nestes últimos cinco anos.
O único responsável pela calamitosa situação que se vive é o PS mas, o importante é o País e ajudarmos a encontrar soluções que nos tirem deste atoleiro.
Assim, o objectivo principal é combater o défice público, reduzir despesa e adiar as mega obras e as parcerias público privadas.
Ao invés de maus exemplos, como a adjudicação do TGV entre Caia e Poceirão, é preciso que o Governo dê o exemplo, não se podem pedir sacrifícios aos portugueses e persistir no despesismo e nas obras desnecessárias.
O saneamento das finanças públicas tem que ser feito com uma redução da despesa pública, o aumento de impostos tem que ser um último reduto e com carácter transitório.
A transparência das contas públicas tem que ser uma realidade, propomos que uma entidade isenta faça este acompanhamento e monitorização, aproveitando a Unidade de Acompanhamento Orçamental do Parlamento.
Por último, o exemplo tem que vir de cima, ficamos à espera de cortes, já dei alguns exemplos em artigos anteriores, por exemplo o gasto de 17 milhões de euros com os Governos Civis, cortes nos assessores e viaturas do Governo, redução do número de gestores nas empresas públicas e entidades públicas, criação de um tecto remuneratório para todas as entidades que dependam do Estado, etc. etc., grão a grão se conseguem as poupanças necessárias.
Obviamente que não se pode matar a economia, é preciso adoptar práticas eficazes na Administração Pública, designadamente com a colocação em dia dos pagamentos aos fornecedores do Estado, permitir as compensações de créditos, adoptar medidas que estimulem a competitividade interna e externa, adoptar novas práticas nas compras do Estado que privilegiem as micro e pequenas empresas, para além dum redireccionamento do QREN.
É preciso sair deste buraco, a responsabilidade é do PS e do Governo, a eles compete tomarem as medidas necessárias.
In Diário as Beiras de 15 de Maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Urgente Convenção na Fisioterapia

A fisioterapia, quer do ponto de vista do tratamento dos doentes, quer preventivo, é hoje uma necessidade cada vez mais premente, sendo que Viseu é profundamente deficitário nesta matéria, com graves prejuízos para todos.

Um doente que precise de tratamento, ou é assistido no Hospital de Viseu ou, para recorrer ao serviço convencionado, tem que ir à Régua, Luso ou Gouveia.

Estamos perante uma situação anómala em Viseu, no que respeita à disponibilização de serviços de fisioterapia adequados aos cidadãos.

O hospital de S.Teotónio de Viseu, hospital de referência, nem capacidade tem para dar resposta a 50% das necessidades da população.

Existem instituições privadas no concelho devidamente apetrechadas e que não estão a servir a população pela simples razão de não disporem das necessárias convenções.

Assim, as populações não são servidas, como deviam, pelo SNS e os custos com transportes de doentes em táxi para o Luso, Gouveia ou Régua, numa distância média de 80 km, acumulam-se a cada dia, numa gestão de custos desastrosa.

Vários são os cidadãos que me abordam sobre este assunto, relato aqui duas situações:

Um cidadão necessitado teve em 2009 10 dias de fisioterapia e, em Fevereiro do mesmo ano, teve nova requisição que ainda aguarda resposta.

Outro cidadão tem consulta marcada em Gouveia onde a segurança social vai despender 100 € para o táxi.

Está em causa a gestão do dinheiro público, está em causa o sofrimento dos nossos concidadãos, não se compreende a demora na resolução desta questão.

Existem competências e disponibilidades instaladas em Viseu no sector privado, porque não recorrer a um contrato excepcional para resolver este problema?

Argumenta o Governo que está a rever a questão das Convenções, só que há anos que o diz, os doentes é que vão esperando e desesperando.

Quem tem posses vai contratando a expensas suas os serviços necessários, quem não tem… vai esperando na infindável lista de espera.

É por isso que questionei o Governo sobre a data espectável para

novas convenções da Saúde no Distrito de Viseu, nomeadamente na especialidade de fisioterapia?

Por outro lado, quanto foi dispendido, em 2009 e no primeiro trimestre de 2010, em transporte de doentes de fisioterapia para fora do concelho de Viseu?

Por último, quantos foram os doentes que se deslocaram para fora do Concelho de Viseu para obter tratamentos de fisioterapia?

A resposta a estas questões, estou certo, vai-nos levar a provar a má gestão deste dossier, seria mais barato convencionar empresas de Viseu, para já não falar da melhoria de serviço que teriam os nossos concidadãos.
In Noticias de Viseu







O Barco afunda!

O irrealismo e a insensatez do nosso Primeiro-ministro, cada vez são mais evidentes na condução da difícil situação do País, parece não compreender o que se passa à sua volta e, cada dia que passa nega a situação para no dia seguinte vir dizer com candura o contrário.

Assistimos a uma situação de negação da situação de emergência nacional que vivemos nas finanças públicas.

Com a aprovação do Orçamento do Estado para 2010 negou sempre as acusações do PSD de que era irrealista e não atacava o verdadeiro problema, o excesso de despesa.

Com a aprovação do PEC repetiu à exaustão que este era suficiente e que estávamos no bom caminho, chegando posteriormente a rejeitar propostas do PSD que permitiriam reduzir a despesa desnecessária em 1.700 milhões de euros.

È um facto que a situação se tem degradado pelo contexto financeiro que se vive na Europa mas, a verdade é que a situação é ainda mais grave pelas politicas erradas que o Governo seguiu nestes últimos cinco anos.

O único responsável pela calamitosa situação que se vive é o PS mas, o importante é o País e ajudarmos a encontrar soluções que nos tirem deste atoleiro.

Foi com este sentido de responsabilidade e colocando o interesse do País acima de tudo que o Presidente do PSD deu o primeiro passo e se disponibiliza agora, com o acordo dos órgãos nacionais, para ajudar o nosso Portugal.

Assim, o objectivo principal é combater o défice público, reduzir despesa e adiar as mega obras e as parcerias público privadas.

Ao invés de maus exemplos, como a adjudicação do TGV entre Caia e Poceirão, é preciso que o Governo dê o exemplo, não se podem pedir sacrifícios aos portugueses e persistir no despesismo e nas obras desnecessárias.

O saneamento das finanças públicas tem que ser feito com uma redução da despesa pública, o aumento de impostos tem que ser um último reduto e com carácter transitório.

A transparência das contas públicas tem que ser uma realidade, propomos que uma entidade isenta faça este acompanhamento e monitorização, aproveitando a Unidade de Acompanhamento Orçamental do Parlamento.

Por último, o exemplo tem que vir de cima, ficamos à espera de cortes, já dei alguns exemplos em artigos anteriores, por exemplo o gasto de 17 milhões de euros com os Governos Civis, cortes nos assessores e viaturas do Governo, redução do número de gestores nas empresas públicas e entidades públicas, criação de um tecto remuneratório para todas as entidades que dependam do Estado, etc. etc., grão a grão se conseguem as poupanças necessárias.

Obviamente que não se pode matar a economia, é preciso adoptar práticas eficazes na Administração Pública, designadamente com a colocação em dia dos pagamentos aos fornecedores do Estado, permitir as compensações de créditos, adoptar medidas que estimulem a competitividade interna e externa, adoptar novas práticas nas compras do Estado que privilegiem as micro e pequenas empresas, para além dum redireccionamento do QREN.

É preciso sair deste buraco, a responsabilidade é do PS e do Governo, a eles compete tomarem as medidas.

Quanto à atitude do PSD de responsabilidade nacional e de ajuda aos portugueses, tem que ser exercida duma forma responsável mas no âmbito do seu estatuto de oposição responsável.

In Diário de Viseu, 14 de Maio de 2010

Pedido de esclarecimento sobre situação económica do País

Intervenção na Conferência da Primavera sobre Competitividade e Produtividade nas PME

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Assumir as responsabilidades

A difícil situação em que o País se encontra é fruto de uma grave conjuntura internacional, dos recentes ataques especulativos mas, não podemos esquecer, cinco anos de governação socialista fizeram opções erradas, não efectuaram as reformas estruturais que o País precisava, deslumbraram-se com os grandes projectos de investimento, como também o fazem com as grandes obras públicas.
Ninguém entende que, um País que não tem dinheiro, continue a bater na tecla de investimentos como o novo Aeroporto, TGV, terceira travessia do Tejo ou um rol imenso de estradas desnecessárias, deviam parar de imediato e esperar por melhores dias.
Sempre defendemos as obras de proximidade, saudámos as recentes medidas do Secretário de Estado da Economia ao rever o QREN no sentido de as autarquias poderem lançar obras de proximidade para acelerar a execução dos fundos comunitários e animar as economias locais com obras mais pequenas e espalhadas por todos os Concelhos.
A megalomania e incompetência do Governo levam a que, obras absolutamente necessárias como a ligação em auto estrada Viseu/ A1(Mealhada) e IC 12 (conclusão entre Mangualde e Canas de Senhorim), estejam encalhadas.
Sempre defendi que o lançamento de um concurso como o das Auto Estradas do Centro era um erro, a ligação Viseu/ A1(Mealhada) deveria ser objecto de um concurso autónomo, não era uma boa opção transformar um concurso de 80 kms num enorme de 400 kms.
O PS não pode agora querer branquear o seu comportamento, a responsabilidade é toda deste Governo, senão vejamos:
Há mais de cinco anos, quando o PS assumiu funções, já esta auto-estrada estava programada, com portagem e com o traçado que acabou por ser adoptado.
No modelo com portagens ela não comporta custos para o Orçamento do Estado pois são os utentes a pagar a sua construção com o valor pago por cada um.
Só no fim da legislatura anterior o Governo lançou o concurso que foi depois anulado, com posterior abertura e propostas analisadas há pouco mais de um mês.
Lembro-me de ter escrito no final do ano de 2009, após reunião com o Ministro das Obras Públicas o seguinte “em jeito de síntese desta reunião, ficou a garantia de que a auto estrada Viseu Coimbra e a conclusão do IC 12 entre Mangualde e Canas de Senhorim, serão adjudicadas em 2010 e concluídas até 2013, veremos se mais um vez não ocorrerão factos que levem ao adiamento, recorde-se que o PS deu como obra feita na anterior legislatura, um adiamento que já tem cinco anos.”
Tive razão antes do tempo.
Só resta a este Governo autonomizar aquilo que nunca deveria ter juntado e lançar o concurso da auto estrada Viseu/ A1(Mealhada), com portagem e com a auto sustentabilidade desta obra que não irá sobrecarregar as finanças públicas.
Quanto ao IC12, afinal trata-se da conclusão de uma obra entre Mangualde e Canas de Senhorim, uma pequena obra que deverá ser lançada como um investimento de proximidade.
É bom o que o PS não se desculpe com o PSD e assuma as suas responsabilidades.
Já chega de disparates, na condução deste processo e nas sucessivas declarações dos responsáveis socialistas.
Não fica mal assumir publicamente as responsabilidades e dar a mão à palmatória, ao invés de se procurar responsabilizar os outros.
In Diário de Viseu, 7 de Maio de 2010

Intervenção sobre Acordo da Base das Lajes