Almeida Henriques

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

PIDDAC 2008 DE VISEU, POUCO SÉRIO E IRRELEVANTE !

Regozijavam-se há poucos dias os Deputados de Viseu eleitos pelo PS, com o argumento que o PIDDAC 2009 será bom para Viseu e que cresce em termos absolutos.
Percebe-se mal o porquê de tanta satisfação, senão vejamos:
O PIDDAC de Viseu, em termos reais, é de 13,7% do valor anunciado, isto é, o investimento nos 14 Municípios contemplados é de 9.702.329€, sendo 3.602.348€ para remodelação do parque judicial;
O valor remanescente é de incentivos do PRIME (7.592.909€) e apoios à agricultura (52.811.415€);
Se compararmos com o último valor do PIDDAC deixado pelo Governo do PSD em 2004 (128.707.071€), decresce 45%, perdem-se cerca de 70 milhões por ano, num total de 280 milhões de euros em quatro anos de governação socialista;
Dos 24 Municípios do nosso Distrito, sete(7) não têm qualquer verba e onze(11) têm abaixo dos 60.000€;
Olhando para as obras que este contém, nada de novo, conclusão de obras em curso, muitas há mais de quatro anos;
As anunciadas Unidades de Saúde Familiar de Viseu, ainda hoje são uma miragem, quatro anos depois; recorde-se que estava previsto o arranque do Centro de Saúde II em 2005, tendo sido substituído por três unidades, quatro anos perdidos;
O Arquivo Distrital de Viseu eternamente adiado, tem dotações desde 2005, aparecendo neste ano com uma verba de 453.000€; em 2008 tinha uma dotação de 1.097.171€, parecendo que ia arrancar, em 2009 aparece com 200.000€ inscritos; uma grande falta de seriedade, esta obra já tinha concurso de concepção e projecto em 2004!
A Escola de Ranhados, o mesmo folhetim, a ridícula inscrição de 50.000€, para enganar quem ? Com 221.641€ em 2006, sem qualquer dotação no ano passado é agora novamente inscrita;
Parece que finalmente arrancará, com quatro anos de atraso, a EN 230, que liga Tondela a Carregal do Sal; nesta estrada, bem como na ligação em auto estrada Viseu Coimbra e a conclusão do IC12, entre Canas de Senhorim e Mangualde, também quatro anos de atraso face ao trabalho que ficou preparado;
A reabilitação da Barragem do Lapão (Mortágua), prevista desde 2004, parece que finalmente arranca, também com quatro anos de atraso;

Face a isto, onde estão as razões para tanta satisfação face ao PIDDAC?
Há uma grande disparidade entre o que é inscrito e a sua execução, as verbas vão diminuindo todos os anos, mascarando-se com os apoios do QREN, nada de estruturante aparece, vamos de mal para pior.
Mais uma vez, o Partido Socialista e os seus Deputados perdem uma grande oportunidade de se colocarem ao lado dos viseenses manifestando o seu desagrado por um PIDDAC que maltrata Viseu e que procura iludir os seus cidadãos.
Este Orçamento, pela forma como maltrata Viseu só pode merecer o meu voto contra!
In Jornal do Centro, 30 de Outubro de 2008

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Programa do Governo, mais do mesmo

Finalmente se discute na Assembleia da República o Programa do Governo2009/ 2013, momento aguardado com expectativa, para se perceber qual o estado de alma do Governo, como se pretende relacionar com as oposições e qual o projecto que tem para o País.

Desde logo se constata que não percebeu o resultado eleitoral, o Povo Português quis manter o PS no Governo, mas em minoria. Como resposta, o PS limita-se a apresentar um copy paste do programa eleitoral, um documento sem focalização, onde não se fazem apostas estratégicas, onde não se percebe qual o rumo que quer dar à Governação.

Teimosamente insiste nos mesmos remédios, obras e mais obras, sem cuidar de distinguir entre o essencial e o acessório.

Por exemplo, em matéria de estradas, é prioritário e fundamental para o desenvolvimento económico a ligação Viseu Coimbra, mas já é de duvidosa necessidade a terceira auto-estrada Lisboa-Porto.

Continua com uma orientação de injectar biliões em obras públicas, sem cuidar de que sejam de real valia económica para o País, gastando dinheiro que não tem, comprometendo o investimento futuro e as gerações vindouras.

Em matéria de exportações apresenta cerca de 30 medidas, mas não diz como vai ajudar as empresas a aprovarem os seus seguros de crédito à exportação, não digo que não se deve efectuar a análise de risco, mas que deve ser uma prioridade não tenho dúvidas.

Dá-se prioridade às exportações, mas não se resolvem problemas essências; por exemplo, é fundamental diminuir os custos de transacção, designadamente com os transportes de mercadorias, será com o TGV que se atingirá este desafio? Seguramente que não, o que precisamos é de ligações ferroviárias que coloquem as nossa mercadorias no centro da Europa; outro exemplo, onde estão os interfaces de conexão entre a ferrovia, a rodovia, os portos e os aeroportos, para facilitar a vida dos exportadores, o que está previsto para baixar os custos nos portos portugueses?

Em matéria de apoio às pequenas e médias empresas, também não percebe a realidade do País, são 75% as empresas que facturam abaixo de meio milhão de euros, estão muito fragilizadas, descapitalizadas, muitas a fecharem.

O Governo podia injectar dinheiro nestas empresas, extinguir o Pagamento Especial por Conta, muitas empresas estão a pagar por conta de lucros que não vão ter; era oportuno colocar o pagamento do IVA só com o recibo, dava fôlego ás empresas; a possibilidade de as empresas poderem efectuar compensações fiscais com o Estado, quando são credoras face a ele, era também um caminho aconselhado que não segue.

Mesmo nos pagamentos a tempo e horas por parte do Estado, a única coisa que define o programa é que procurará reduzir para trinta dias até ao fim da legislatura, mais um chutar para afrente uma situação que devia ser resolvida já.

A questão da liquidez das empresas não é acautelada, mais uma vez, neste documento.

No que aos Centros Urbanos diz respeito pouco ou nada diz, em matéria de comércio nem ao comércio de proximidade se refere; esta também é uma matéria que devia ter prioridade, seria a oportunidade de dinamizar o estagnado sector da construção civil, com requalificação de edifícios, repovoamento das cidades, modernização das lojas numa lógica e dinâmica de Centro Comercial de Ar Livre.

É pois um programa com mais do mesmo, sem novidade, sem estratégia.

No que a Viseu diz respeito, nada diz quanto à Universidade Pública, em matéria de acessibilidades só a auto estrada Viseu Coimbra aparece como prioridade.

É certo quem nem tudo tem que aparecer no programa mas, pelo sim, pelo não, resolvemos pedir audiências aos seguintes Ministros: da Ciência e Ensino Superior para sabermos o que pretende fazer quanto à Universidade Pública de Viseu bem como se pretende relacionar com o Politécnico, Católica e Piaget; da Cultura para sabermos do Arquivo Distrital e dos apoios às instituições culturais do Distrito como o Viriato, o ACERT e o Teatro Montemuro; ao da Agricultura para saber dos apoios aos agricultores, para quando a Comissão Vitivinícola do Centro em Viseu e se vai ou não construir a barragem da Nave em Moimenta da Beira; ao Ministro das Obras Públicas para saber do cronograma das auto estradas Viseu Coimbra e Canas de Senhorim Mangualde, IC26, IC37, entre outras; ao da Economia para saber as intenções quanto à captação de novos investimentos para Viseu, dinamização do Comércio no Centro Histórico e deslocalização da Loja do Cidadão; à Ministra da Saúde para saber quando avança a Unidade de Radioterapia no Hospital de Viseu e para quando a abertura de novas convenções no âmbito da fisioterapia.

É um novo figurino que inauguramos, esperamos que os Membros do Governo estejam disponíveis para nos receberem e perceberem os anseios das populações de Viseu.

Não prescindimos de efectuar uma oposição responsável, com propostas e fiscalizando o Governo já desde o inicio da legislatura.

In Diário de Viseu, 29 de Outubro de 2009

Novo Governo, Viseu presente

Novo Governo, Viseu presente


Esta semana que finda, fica marcada a nível local pela posse do Executivo Camarário e da Assembleia Municipal, uma nota para a forma concorrida como decorreu e a excelente intervenção do Dr. Fernando Ruas, em que reafirma a Universidade Pública como uma prioridade que importa clarificar por parte do Governo.

No campo nacional, é já conhecida a composição do novo Governo, Ministros e Secretários de Estado, a primeira nota é que é um elenco fortemente politizado, direi mesmo que o PS toma conta do executivo, quer no núcleo duro dos Ministros, quer nos Secretários de Estado que são nomeados, com destaque para Marco Perestrello, para a promoção de assessores do Primeiro Ministro como José Almeida Ribeiro, para já não falar do nosso conterrâneo José Junqueiro.

É uma opção por uma equipa de combate, é bem visível nas equipas de Secretários de Estado, pessoas muito ligadas a José Sócrates, como acontece na Economia.

Com o “Senhor Lisboa”, Carlos Zorrinho, a ser “promovido” a Secretário de Estado da Energia e Inovação; até aqui tinha título mas não tinha orçamento nem gabinete, agora não terá desculpas para não promover a inovação e a implantação do Plano Tecnológico.

Na indústria e desenvolvimento, também um Homem de confiança do Primeiro-ministro, Fernando Medina, fica com os fundos comunitários e com a indústria, mais importante que muitos dos Ministros, um lugar chave para alguém de confiança.

No Turismo e no Comércio, a manutenção dos mesmos, também pessoas da confiança de Sócrates.

Este é só um dos exemplos do que afirmo, um Governo de combate político, dominado pelo aparelho, é fácil antecipar o rumo de colocar tudo ao serviço do aparelho, espero enganar-me, pois os tempos que vivemos não são para “cócegas”.

Viseu sai reforçado, é justo reconhecer, cumprimento o Dr. José Junqueiro e a Dra. Elza Pais, dois rostos da nossa Terra no novo elenco, espero que capitalizem a nosso favor esta “promoção”.

Quanto à Dra. Elza pais não tenho dúvidas que vai seguir as suas convicções, que procurará manter uma relação saudável com todas as autarquias e diversos sectores da sociedade, já nos habituou a esse comportamento, basta que não se desvie.

Já quanto ao Dr. Junqueiro, ocupará uma pasta muito sensível e importante, terá que se relacionar com todos, sublinho, TODOS os Presidentes das Autarquias e com o Presidente da ANMP.

É bom que modere o seu estilo de “carro de combate”, mesmo deselegante, é fundamental que nestes quatro anos se proceda a uma transferência de competências e verbas para as autarquias, é importante reflectir uma nova lei eleitoral autárquica, recomenda-se tacto e cumplicidade positiva, bem como respeito pelos interlocutores, o seu antecessor conseguiu um bom equilíbrio de relacionamento com o Dr. Fernando Ruas e com os autarcas.

Por último, que esta passagem pelo Governo permita desbloquear os dossiers de Viseu que andaram a “marinar” nos últimos quatro anos e meios, A Universidade Pública, as auto estradas Viseu Coimbra e Mangualde Canas de Senhorim, o IC26 e a ligação de Resende a Bigorne, para já não falar do novo traçado que ligue Viseu ao Sátão, bem comos os compromissos não honrados com Viseu como as três Unidades de Saúde Familiar, o Arquivo Distrital de Viseu, o novo Matadouro e a Escola de Ranhados.

Mais do que nunca ficaremos atentos e expectantes face ao desempenho, obviamente que desejo os melhores sucessos, só com concertação estratégica se conseguirão encerrar estes dossiers que já cansam de tanto se falar deles, mas que urgem concretizar.

É fundamental encerrar alguns capítulos, para que se possam falar de novos anseios do nosso Distrito.



António Almeida Henriques

Deputado do PSD

Viseu, 29 de Outubro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Um Novo Mandato

Depois dos actos eleitorais, é tempo de os eleitos assumirem funções, o Governo foi empossado na segunda-feira, mantendo mais ao menos a sua estrutura, num núcleo duro de cariz fortemente político, como já era de esperar; os Ministros mais polémicos foram todos substituídos, só não percebendo porque não foi o do Ensino Superior, já com mais de dez anos de exercício do poder e, do meu ponto de vista, muito mau na articulação Universidade/ Empresa.
No que a Viseu diz respeito, estaremos atentos ao desempenho dos Ministros da Economia, Obras Públicas, Ensino Superior, Saúde, Cultura e Agricultura, pelos dossiers que estão pendentes.

Também esta semana tomou posse o Dr. Fernando Ruas e a nova equipa autárquica, bem como a Assembleia Municipal.

Aproveito para publicamente agradecer a confiança em mim depositada para mais um mandato de quatro anos como Presidente, bem como aos meus colegas de mesa, Enf. Dias e Dra. Cristina Paula, garantimos que a condução dos trabalhos da Assembleia Municipal será sempre no respeito pelos eleitos e pelo principio do contraditório e respeito pelas diferentes opiniões, continuaremos o rumo já seguido no anterior mandato, designadamente através de iniciativas que promovam a divulgação do trabalho efectuado e maior proximidade com os cidadãos.

Quanto ao Dr. Fernando Ruas, começa o mandato mais exigente desde a sua primeira eleição, prometeu a “cereja no bolo” e o Povo de Viseu quis manifestar-lhe o carinho e confiança reforçando a votação e dando-lhe o melhor resultado de sempre.

Tem pela frente dossiers fundamentais como a ligação em auto-estrada Viseu Coimbra, a construção das três Unidades de Saúde Familiar de Viseu, a Escola de Ranhados, a construção do Novo Matadouro e o Arquivo Distrital que dependem em larga medida do poder central, vamos ver se não iremos assistir a mais quatro anos de boicote a Viseu como foram os últimos; se assim for, esperemos que as vozes de protesto e reivindicação estejam fortes e que o PS se junte também.

No que ao projecto de Viseu diz respeito, naquilo que são competências da autarquia que não dependem do poder central, estou certo que tudo decorrerá como previsto, com eficiência e sentido estratégico.

Assim será na dinamização do centro histórico dentro da dinâmica que está a ser criada entre autarquia, Associação Comercial e comerciantes, bem como na dinamização da economia em geral.

O ambiente, a cultura, o desporto, a educação, o apoio social estarão na primeira linha, como já nos habituou a autarquia.

Do ponto de vista da utilização dos fundos comunitários, estes quatro anos serão decisivos, o fim do mandato coincide com o terminar deste período de apoios, vamos ver se o dinheiro começa a chegar às autarquias, pois nos primeiros dois anos a torneira esteve fechada.

Veremos como evolui a transferência de competências e de meios para as autarquias, sou de opinião que os municípios cumprem melhor a função de proximidade, mas não basta passar competências, as verbas são fundamentais.

Provavelmente, será também um mandato em que se voltarão a discutir as alterações às leis eleitorais, ainda para mais numa legislatura com poderes de revisão constitucional, bem como o tema Regionalização estará no centro do debate.

O mandato também se inicia com a realização do Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses em Viseu, a recandidatura do Dr. Fernando Ruas à presidência é um facto natural, com o apoio inequívoco do PSD e com muitos apoios já manifestados de autarcas socialistas que lhe reconhecem a competência.

Boa sorte ao Dr. Fernando Ruas, ás Vereadoras e aos Vereadores, bem como a todos os Deputados Municipais (há uma renovação em 50%, para já não falar na presença de quase 30% de mulheres na nova composição) e aos Senhores Presidentes de Junta, a bem do desenvolvimento de Viseu.

Afinal de contas, Viseu somos todos nós.

In Noticias de Viseu, 26 de Outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lento Inicio de Legislatura

Não vou perder muito tempo a falar da deselegância dos meus colegas dos outros partidos, sobretudo o líder do PS de Viseu, mas tenho que lembrar que foi um gesto de cortesia cumprimentá-los no inicio de uma nova legislatura e um acto de abertura de espírito efectuar um convite para uma concertação estratégica em relação àqueles que sãos os principais anseios de Viseu.
Realço também que, enquanto Deputado eleito, com Mandato legitimado pelo Povo que me deu a confiança, não sinto que precise de qualquer patamar de relacionamento com os meus Pares, penso que a relação entre Deputados só pode ser directa, não por via dos Partidos, lamento que o Dr. Junqueiro diga que futuramente não me responderá mais, só falará de Presidente para Presidente, da Distrital, entenda-se!

Pela reacção tão extemporânea e deselegante devo ter tocado mesmo na ferida, julguei é que já estava curado da arrogância e que queria iniciar um novo ciclo de relacionamento com os Novos Eleitos, afinal enganei-me!

Não me sinto intimidado, nem se trata, como diz, de um problemas de liderança do PSD, que, inclusive, me confiou de novo a coordenação dos Deputados eleitos por Viseu, responsabilidade que me honra, não descolarei dos objectivos fixados na carta enviada, lutarei com os meus colegas até que se concretizem os anseios dos viseenses.

Quanto à semana politica, estivemos à espera que o indigitado Primeiro Ministro apresentasse o Governo, até agora sem sucesso, já só teremos a primeira sessão Plenária da Assembleia da República no inicio de Novembro, vamos aguardar pelos novos rostos para comentar, já que o Programa, tudo leva a crer, será um “copy paste” do programa eleitoral.

Até lá é o PS que não pode eleger a sua Direcção da bancada, são as Comissões que não se podem criar porque não é conhecida a orgânica do Governo, em suma, o Parlamento só inicia funções plenas três semanas depois de empossado.

Enquanto isso, as noticias não são animadoras, a Quimonda esperou a realização das eleições autárquicas para anunciar 500 despedimentos, a Delphi anuncia agora mais 500, veremos qual o efeito de alguns balões de oxigénio dos últimos meses e o seu impacto no desemprego.

Cada vez é mais visível a falta de politica do Governo para promover as PME, sabe-se agora que mesmo os apoios anti cíclicos de combate à crise estão muito aquém, em matéria de execução, para além das medidas mal direccionadas e, sobretudo sem controlo, as que se aplicaram estão com má execução, a economia paga a factura.

Também o défice do Estado ultrapassou em Setembro o tecto fixado no Orçamento do Estado suplementar, aprovado pelo Parlamento em Janeiro, uma ruptura que pode fazer com que o défice orçamental global fure o valor previsto para a totalidade do ano.

A verdade é que o Estado já tem um défice de 9.087,7 milhões de euros para pagar as despesas, ultrapassando em 4 milhões o limite fixado no início do ano.

Por último, no espaço de uma semana, as petrolíferas mexeram nos preços dos combustíveis por diversas vezes, por exemplo a Galp, aumentou o preço do gasóleo em 3 cêntimos, enquanto a gasolina subiu 2 cêntimos, algo que terá impacto na vida das Pessoas e no aumento dos preços de alguns bens.

É neste contexto que nos preparamos para entrar na Nova Legislatura, com uma situação muito difícil no País e um PS que continua, pelo menos no Distrito, a mostrar tiques de arrogância e de não querer ouvir propostas sensatas.

Vamos ver no que isto vai dar.

Uma coisa prometo, a nossa atitude firme, não nos deixamos condicionar, o Distrito e o País acima das fidelidades partidárias.

Nota: No dia em que escrevo este artigo realiza-se o Conselho Nacional do PSD, assunto que abordarei na próxima semana e realizam-se as eleições para a Direcção do Grupo Parlamentar do PSD que deverão decorrer com normalidade. A vitória da lista liderada pelo Dep. José Pedro Aguiar Branco é previsível, pelo que arrisco dar-lhe os parabéns, bem como a toda a equipa e desejar-lhes um bom trabalho.

Na segunda-feira, dia 26 de Outubro, pelas 16 horas, tomará posse em sessão pública o novo executivo da Câmara Municipal de Viseu e os Membros da nova Assembleia Municipal de Viseu; o local escolhido é o Salão Nobre do Município, seguindo-se no Solar dos Peixotos a primeira reunião da Assembleia Municipal.

In Diário de Viseu, 22 de Outubro de 2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A competitividade duma Região

A Região Centro de Portugal, com a sua nova configuração, fruto da inclusão do Médio Tejo e Oeste, passou a representar 31,3% do território do Continente e 23,7% da população.
Marca o nosso território a heterogeneidade interna, que comporta quer a clássica dicotomia litoral interior, quer a coexistência de sub-regiões que, independentemente daquele factor geográfico, apresentam distintos graus de desenvolvimento.
Efectivamente, a um nível NUT III (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos), conforme decorre do diagnóstico prospectivo desenvolvido pela CCDRC no âmbito da preparação do Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013, é visível o distanciamento que marca ainda os territórios da Serra da Estrela, Pinhal Interior Norte, Pinhal Interior Sul, Dão-Lafões, Beira Interior Norte e Cova da Beira, embora em menor escala no tocante a estes dois últimos, quando confrontados com as NUT III Pinhal Litoral, Baixo Vouga, Baixo Mondego e mesmo Beira Interior Sul.
Do ponto de vista externo, se é certo que a Região Centro convergiu com a média comunitária e com a média nacional após a adesão à UE e até meados da década de noventa, essa convergência estagnou desde então, registando-se mesmo uma divergência no quadro europeu, tal como o país no seu todo e também por efeito do arrastamento desse todo.
Existem, portanto, assimetrias, internas e externas, que importa ainda combater, na medida em que uma região que se pretende competitiva não pode acumular desequilíbrios que inibam a sua melhor performance.
O CEC/CCIC foi constituído, de entre outros motivos, com o propósito de minorar essas assimetrias e a bi-polaridade que sempre norteou o desenvolvimento nacional.
Esse móbil mantém-se ainda hoje, actualizado, porém, por uma nova dimensão, introduzida pelo Pacto para a Nova Centralidade, documento sufragado pelos empresários, associações e demais actores na envolvente empresarial, na Convenção Empresarial do Centro, em Novembro de 2005, em Pombal, pelo qual definimos um conjunto ambicioso de metas para a nossa Região, com a finalidade de a tornar numa das mais competitivas de Portugal e da Europa, com a consciência de que já representamos mais de 19% do PIB nacional, que somos a região com mais vocação exportadora, assente em duas boas âncoras que são Leiria e Aveiro, que temos territórios que se têm vindo a afirmar, como Viseu e Coimbra, e um Centro Interior que deverá merecer cada vez mais uma maior atenção e a solidariedade de todos nós.
Para tal importa o estabelecimento de um novo paradigma, capaz de responder aos desafios que a sociedade do conhecimento veio impor aos indivíduos, às organizações, às regiões e às nações.
O conhecimento, entendido como o terceiro factor de produção, a par do trabalho e do capital, é hoje a chave de competitividade das empresas e territórios inseridos nos processos globais que marcam os nossos dias.
As regiões, como a nossa, devem, por isso, assumir novos modelos, onde assumem especial relevo os Centros de Conhecimento, articulados em rede e com o exterior, designadamente com os países europeus, os canais formais e informais de disseminação do saber, recursos humanos extremamente qualificados, susceptíveis de garantir as dinâmicas do empreendedorismo e da inovação, infra-estruturas capazes, incluindo as digitais, envolvente adequada no tocante aos instrumentos financeiros, como o capital de risco e capital semente, competitividade internacional, captação de fluxos de investimento estrangeiro, qualidade ambiental e de condições de vida.
A par desses factores, importa, obviamente, o adequado enquadramento normativo, designadamente laboral, bem como os incentivos fiscais e financeiros que devem ser promovidos, sobretudo em benefício das micro, pequenas e médias empresas, que compõem o grosso da nossa estrutura produtiva.
Se parte destes factores respeitam às políticas públicas de que o poder central deve cuidar, impondo-se às estruturas associativas empresariais, a uma só voz, a sua reivindicação, outros há que podem e devem resultar do impulso e estímulo dos agentes regionais, públicos e privados, garantes de uma proximidade que não encontra paralelo em esferas mais afastadas.
Citando Guilherme d’ Oliveira Martins “Seremos o que quisermos ser, nas condições concretas que nos forem dadas ou que criarmos”.
Neste contexto é essencial que se verifiquem alguns pressupostos. Desde logo, numa região, como numa empresa ou num país, é fundamental a existência de uma missão, premissa que garanta a solidariedade de todos na prossecução de um fim comum, com eleição dos mesmos objectivos estratégicos. Não obstante a sempre delicada escolha, é preciso que se definam, entre outros, quais os sectores e actividades mais adequados e dinâmicos que a nossa região deve impulsionar, como se organizam as cadeias de valor, qual a especialidade que pretendemos para os centros de inovação e saber, que investimentos podemos e devemos atrair, que política de internacionalização devemos prosseguir.
Para isso, é necessário que os diferentes actores da Região estejam efectivamente articulados, actuando em rede, condição sine qua non para uma estratégia de inovação e conhecimento, garantindo a dimensão crítica imprescindível num mundo global, com forte concorrência entre regiões, e abandonando os velhos modelos ditados por individualismos locais ou sub-regionais, que apenas conduzem a dependências acrescidas de terceiros, alheios às reais necessidades do nosso território.
O CEC/CCIC vem pautando a sua actuação por uma filosofia que a todos envolve, mas que também compromete, perante a missão que definimos no Pacto para a Nova Centralidade. Sem prejuízo da sua natureza associativa, através de alteração estatutária, abrimos, inclusive, esta Câmara de Comércio e Indústria à sociedade civil. Estamos a criar plataformas de excelência e competitividade nos mais diferentes domínios, como a inovação e empreendededorismo.
Acolheremos todos aqueles que partilham desta visão e que subscrevem uma actuação em rede, mas assumimos esta dinâmica como imparável, em prol de uma Nova Centralidade.
Esta afirmação da Nova Centralidade só se atinge com pensamento positivo e virado para o futuro, com uma atitude de concertação que a todos envolva, pensando e agindo com ambição.
In Diário de Leiria, 21 de Outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A César o que é de César

Percorrido que é um largo período eleitoral, nas suas dimensões europeia, nacional e municipal, é tempo de nos voltarmos a concentrar, numa óptica distinta, nas diversas variáveis que cidadãos, empresas e territórios terão de enfrentar.
Se politicamente, com maior ou menor necessidade de “geometrias variáveis”, os factos estão assentes, do ponto de vista empresarial e económico muitas são as dúvidas que a bondade dos discursos não resolvem.
De entre muitos aspectos, o desemprego sobressai enquanto um dos mais preocupantes e de eminente resolução, não só pelas elevadas taxas que já enfrentamos, como pelas previsões da OCDE e FMI para o ano que se aproxima.
Assumir que enfrentar, exclusivamente, por via da intervenção pública este constrangimento nacional é suficiente pode assumir-se enquanto um erro, se desligado de um efectivo crescimento económico e de um verdadeiro apoio à nossa estrutura produtiva.
É obvio que é imprescindível e socialmente premente manter os apoios sociais e localizar medidas sustentáveis, sobretudo para os grupos sobre os quais recaem menores oportunidades de empregabilidade, para os quais as acções de formação, com o apoio do fundo social europeu, podem auxiliar na localização de percursos profissionais alternativos, aquisição de novas competências ou mesmo a criação do próprio emprego (não, note-se, na manutenção de situações de desemprego ocultas ad eternum).
Contudo, parece-nos também tão óbvio e tão necessário quanto tudo isso que se concretizem as alterações e reformas necessárias que viabilizem que as nossas empresas nasçam, cresçam e se consolidem num mercado efectivamente livre, desburocratizado e inovador.
Tal não se compadece com um Estado pesado, moroso, oneroso, tributário, com funções empresariais onde se não impõe a sua presença.
Querendo-se, ideologicamente ou não, outros países na nossa vanguarda repensam as funções do Estado, num modelo mais vocacionado para o Século XXI que vivemos, mais vocacionado para criar um ambiente favorável à competitividade das empresas e à criação de postos de trabalho.
No nosso país parece ainda difícil reconhecer a César o que é de César, dando às empresas o que é seu de pleno direito.
In Jornais Região Centro, 20 de Outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Mandato dum Deputado é pessoal

Ao ser empossado como Deputado na XI Legislatura, agradeci a confiança que os habitantes do Distrito de Viseu me confiaram, enquanto um dos seus nove representantes com legitimidade que advém do voto popular.
Ao mesmo tempo manifestei disponibilidade e lancei o repto para uma concertação estratégica que conduza a que consigamos remar no mesmo sentido em temas fundamentais para o nosso desenvolvimento como a Universidade Pública, a ligação ferroviária a Viseu, a construção da auto estrada Viseu Coimbra, a conclusão do IC12 entre Mangualde e Canas de Senhorim, o avanço do IC26 que permitiria desencravar o norte do Distrito, bem como a construção do Arquivo Distrital, Matadouro de Viseu, a Escola de Ranhados e as três Unidades de Saúde familiares.

Solicitei que esta iniciativa fosse entendida como um contributo para atenuar crispações e colocar o interesse das populações que nos elegeram acima de tudo.

Mantenho os propósitos, garanto que os temas que enumerei serão sempre para mim um objectivo a atingir, foram compromissos que estiveram na base duma candidatura, aquela que mereceu a aprovação dos cidadãos, será sempre para mim o referencial.

Entendo mal a reacção do líder Distrital do PS, não percebi nem a agressividade nem a crispação e muito menos a atitude de dizer que futuramente só falará entre Presidentes de Distritais.

Há aqui uma grande confusão, o nosso mandato como Deputados resulta do voto popular, é um mandato nacional e depende de cada um dos eleitos, é exercido a título individual; os Presidentes Distritais de cada partido, resultam de uma eleição interna de militantes, uma coisa não condiciona a outra.

Conduzir-me-ei sempre como Deputado eleito, sempre que tiver alguma proposta a fazer aos meus colegas, também eleitos, fá-lo-ei directamente aos meus pares, sem condicionamentos.

O que fiz foi um gesto genuíno de vontade de concertação de vontades, se o líder distrital do PS o entendeu de maneira diferente, só a acentua o carácter e forma de estar que lhe reconhecemos, estamos conversados.

Já a reacção do CDS é, no mínimo, estranha, não deveremos desconfiar da real intenção das propostas que nos fazem, como o Povo diz, quem é desconfiado não é fiel.

Reitero, pois, o que já afirmei, a minha primeira fidelidade é para quem nos elege, só depois ao Partido que nos propõe.

Uma última nota que se prende com a reconstrução das Escolas Secundárias Emidio Navarro e Alves Martins, iniciativa lançada em boa hora e que permitirá a modernização e uma maior funcionalidade destes dois edifícios de referência para todos nós.

Só estranho que, em obra tão de fundo, não se tenha acautelado a questão do estacionamento nestes edifícios, é já visível o impacto deste esquecimento.

Se na Escola Emidio Navarro ainda há a alternativa do espaço da feira semanal, já o mesmo não se poderá dizer da Alves Martins.

Por não perceber e considerar que é um aspecto fundamental nestas remodelações, irei questionar o próximo Governo a ser investido, sobre a oportunidade de ainda ser considerada a construção de parque de estacionamento subterrâneo, sobretudo na Alves Martins que não tem alternativa e parece ter uma solução fácil para obviar a este problema; é já notório na envolvente da Alves Martins o problema que colocam as obras em matéria de estacionamento, para já não falar da dificuldade criada aos professores e funcionários da instituição.

Deixo este apelo aos responsáveis, parece-me que ainda se vai a tempo!

In Noticias de Viseu, 19 de Outubro de 2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Uma Nova Legislatura

Retomo esta análise semanal ao mesmo tempo que assumo o mandato de Deputado eleito pelo Circulo Eleitoral de Viseu, agradeço a confiança depositada pelos eleitores, o PSD passou de uma derrota por 449 em 2005 para uma vitória por 5.931 votos em 2009, significa que temos legitimidade acrescida para lutarmos pelas propostas apresentadas em campanha eleitoral.
Quis iniciar este novo ciclo duma forma diferente, escrevendo uma carta a todos os Deputados eleitos por Viseu felicitando-os e desejando boa sorte no mandato.

Ao mesmo tempo manifestei disponibilidade e lancei o repto para uma concertação estratégica que conduza a que consigamos remar no mesmo sentido em temas fundamentais para o nosso desenvolvimento como a Universidade Pública, a ligação ferroviária a Viseu, a construção da auto estrada Viseu Coimbra, a conclusão do IC12 entre Mangualde e Canas de Senhorim, o avanço do IC26 que permitiria desencravar o norte do Distrito, bem como a construção do Arquivo Distrital, Matadouro de Viseu, a Escola de Ranhados e as três Unidades de Saúde familiares.

Espero que entendam esta iniciativa como um contributo para atenuar crispações e colocar o interesse das populações que nos elegeram acima de tudo.

Mantendo aquilo que faço há sete anos, estou sempre disponível para receber os cidadãos que queiram falar comigo ou partilhar alguma ideia, a segunda-feira de manhã será o dia que reservarei para isso, podem contactar-me, como já muitos fazem, pelo mail ahenriques@psd.parlamento.pt.

Também há poucos dias reforçamos a nossa votação nas eleições autárquicas no Concelho de Viseu, aumentamos um vereador bem como um Deputado Municipal, mantendo 32 Presidências de Freguesias.

Vinte anos depois um reforço de votação, o reconhecimento das populações por um trabalho liderado pelo Dr. Fernando Ruas que nos catapultou para níveis de desenvolvimento que dificilmente sonharíamos.

É o premiar dum percurso e o acreditar que este será um mandato de ouro, nas palavras do nosso Presidente, aquele em que colocará a cereja no bolo.

No Distrito as coisas não correram bem, a perda de cinco autarquias tem que nos fazer reflectir, o PSD tem que estar cada vez mais próximo das populações, tem que corporizar projectos ganhadores e ir ao encontro do desenvolvimento da sociedade, é preciso preparar o futuro.

Digno de realce, para além de Viseu, são as expressivas votações em Lamego, Tondela, Oliveira de Frades, S. Pedro do Sul e Nelas e a manutenção em Santa Comba Dão, S. Pedro do Sul, Armamar, Sernancelhe, Vouzela, Penalva do Castelo, Sátão e Carregal do Sal e a transição de Presidentes sem mácula em S. João da Pesqueira e Penedono.

Para além da luta partidária, felicito todos os cidadãos que se empenharam no processo autárquico nos vinte e quatro Concelhos do Distrito, felicito todos os eleitos paras as Assembleias de Freguesia, Assembleias Municipais e executivos Camarários.

Quanto aos Presidentes de Câmara, felicito-os particularmente, serão os grandes protagonistas dos próximos quatro anos, disponibilizo-me para ajudar no que estiver ao meu alcance.

Por último, a legislatura que agora se inicia, será particularmente interessante, tudo leva a crer que teremos um Governo minoritário que terá de privilegiar a negociação e debate parlamentares, haverá espaço a iniciativas que concitem o apoio da maioria dos Deputados.

É fundamental que se coloque acima de tudo o interesse nacional, o País está numa situação muito difícil, é preciso ajudar e acreditar que conseguiremos ultrapassar esta fase tão crítica.

Pela minha parte o que prometo é que darei o meu melhor, sempre numa relação de proximidade com quem me elegeu, disponham sempre!

In Diário de Viseu, 15 de Outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

RESULTADO HISTÓRICO EM VISEU

No rescaldo das últimas eleições autárquicas, é extraordinária a vitória do Dr. Fernando Ruas para a Câmara Municipal de Viseu, a cumplicidade e o reconhecimento da população de Viseu ficou bem expressa nas urnas onde se reforçam todas as votações, um voto de gratidão pelo trabalho feito e o reforço da confiança para os quatro anos em que se promete a “cereja no bolo”.
O Povo decidiu, vinte anos depois, o PSD e o Dr. Fernando Ruas reforçam o seu resultado, mais um vereador, passando a 7 PSD e 2 PS, e mais um mandato na Assembleia Municipal, passando a 21 PSD, 11 PS, 2 PP e 1 BE e, no que às Juntas de Freguesia diz respeito, a manutenção de 32 Presidências, com claro reforço de votação, designadamente nas Juntas da cidade.

A melhor sondagem é sempre a que se obtém no dia da votação, ao contrário do que os nossos adversários apregoavam, o Povo estava com o nosso projecto, as Pessoas têm orgulho no desenvolvimento que temos conhecido, a frontalidade na gestão, a capacidade concretizadora, o sentido estratégico foram premiados.

O nosso principal adversário tinha pedido um “resultado histórico” na passada sexta feira e alcançou o seu objectivo, o PSD tem o maior resultado de sempre na sexta eleição do Dr. Fernando Ruas.

O Povo não aceita que lhe atirem “areia para os olhos”, sabe distinguir o “trigo do joio”, premeia os que fazem em detrimento dos que falam e não conseguem concretizar.

O mau resultado do PS é também o espelho da postura submissa face ao poder central, as Pessoas não perdoam a ida da Faculdade de Medicina para a Covilhã e o abandonar do projecto da Universidade Pública, não entendem a confusão que foi o lançamento da auto estrada Viseu Coimbra, anula-se um concurso e lança-se logo a seguir um igual, ainda para mais a uma semana de eleições autárquicas, o que queriam influenciar?

O faltar aos compromissos com a autarquia em relação à Escola de Ranhados, Arquivo Distrital e CNO, entre outros, teve o castigo que merecia.

A verdade é que o PSD fez o seu trabalho na autarquia, levantou sempre a sua voz face às sucessivas penalizações a que fomos sujeitos, o PS foi calando sempre a sua voz nas questões centrais, colocando a cor partidária à frente do Concelho.

Por último, não produz resultados dizer sempre mal, a oposição tem que ser construtiva, dizer mal da nossa terra, sobretudo quando os viseenses têm grande orgulho nela, dá o resultado que se viu.

Parabéns ao Dr. Fernando Ruas, à sua equipa da vereação, a todos os eleitos da Assembleia Municipal e aos Senhores Presidentes de Junta e respectivas equipas.

Temos a grande responsabilidade de continuarmos a corresponder às expectativas dos que em nós votaram, estou certo que não defraudaremos.

Afinal, ficou provado com este resultado histórico que Viseu somos todos nós, mesmo os que votaram noutros partidos.

A construção do nosso futuro colectivo tem que continuar a ser o resultado do empenhamento de todos, é tempo também de alguns arrepiarem caminho e vestirem as nossas cores, em definitivo, a nossa fidelidade tem que ser, em primeira linha, para com aqueles que nos elegem e que representamos.

In Noticias de Viseu, 12 de Outubro de 2009

PSD- Reflectir sim, mas agir com celeridade

Depois de uma vitória nas eleições europeias, onde pontificou a perfomance do Dr. Paulo Rangel mas, sobretudo, o voto penalizador dos portugueses face ao Governo Socialista, era grande a expectativa quanto aos resultados das legislativas e das autárquicas.
Nas legislativas, com um terreno favorável, não conseguimos ir além de um fraco aumento de sete Deputados, deixando que o CDS-PP crescesse bastante, sem conseguirmos fixar o eleitorado do centro, aquele onde se podiam contar os diferentes descontentamentos suscitados em quatro anos e meio de Governo do PS.
A verdade é que a estratégia foi inexistente, o PSD não conseguiu passar uma mensagem de esperança e, muito menos, assumir-se como alternativa, isto é, numa clara luta de personalidades, a Dra. Manuela Ferreira Leite não se conseguiu assumir como alternativa ao Engº. José Sócrates.
Nas Autárquicas, conseguimos manter a posição de liderança quanto ao número de Presidências de Câmara, mas o resultado está longe de ser lisonjeiro, salvaguardem-se situações como o reforço de resultados em Viseu, Lamego, Tondela, Oliveira de Frades e Nelas e a manutenção em Santa Comba Dão, S. Pedro do Sul, Armamar, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Penedono, Sátão, Vouzela, Penalva do Castelo e Carregal do Sal, para me referir só ao Distrito de Viseu; a perda de cinco Câmaras no Distrito também nos deverá merecer a mais profunda reflexão.
Assim , é chegado o momento de com firmeza mas duma forma mais ou menos célere, o PSD definir um cronograma que permita ter desde já uma percepção da forma como se desencadeará a discussão interna, seguida de marcação de eleições que permitam escolher uma nova liderança, que tenha na sua base um projecto novo.
Não me parece que existam condições para levar o mandato até Maio, viver-se-ia um período de agonia que impediria assumir uma liderança da oposição, dando espaço à direita e à esquerda.
Importa clarificar, sem pressas, concordo, a continuidade não é defensável, é preciso encontrar um caminho novo que dê esperança ao País.
Um rumo que dê a possibilidade de começar um novo ciclo, da criação de redes internas, de maior interacção com a sociedade, que permita ao PSD retomar a sua implantação urbana e de proximidade com as populações, que as pessoas se revejam em nós e nos olhem como a verdadeira alternativa de poder.
Iremos viver tempos de escolhas, os que se sentem com perfil para a liderança devem manifestar-se e assumirem-se, devolver aos militantes o direito de escolha democrática, para depois se acabarem com os grupos e grupinhos que só têm contribuído para o enfraquecimento do PSD.
Este novo percurso terá que ser feito com rostos novos, uma liderança de uma nova geração, obviamente sem menosprezar ou diminuir o contributo de muitos históricos que ajudaram a implantar e crescer o nosso PSD.
Se este percurso é fundamental para o País, não o será menos para o Distrito.
O poder pelo poder não leva a nada, a politica é para as Pessoas, como nos ensinou Sá Carneiro, também no Distrito o PSD tem que ter projecto em que a maioria se reveja e participe, o PSD não é propriedade de ninguém em particular, mas de todos os militantes, a sua intervenção não pode ser intermitente, mas continuada, a sua linha condutora tem que ser discutida nos órgãos próprios e não ao sabor dos acasos.
Somos o segundo maior partido português, temos o maior número de Câmaras e assumiremos com Fernando Ruas, estou certo, a presidência da Associação Nacional de Municípios, temos que estar à altura dos desafios.
In Jornal do Centro, 12 de Outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Centro competitivo

Tem sido assinalável a capacidade de inserção do Centro na competição internacional, num crescendo contínuo, o que traduz uma boa aptidão na resposta das empresas da nossa Região às exigências dos mercados externos e à globalização das economias.
Para esta posição destaca-se o contributo expressivo de sectores com uma elevada faculdade de criação de valor, nomeadamente os sustentados por um perfil de diferenciação de produto, que, em algumas sub-regiões, assumem uma representatividade considerável.
Enquanto Câmara de Comércio e Indústria é também missão do CEC/CCIC promover a internacionalização das empresas do Centro de Portugal, nomeadamente no que ao apoio às PME respeita.
Num momento em que se assiste a uma instabilidade sem paralelo à escala mundial, em que o sistema financeiro global claudicou de forma impar, em que os mercados externos tradicionalmente compradores dos nossos produtos atravessam crises ainda não superadas, ainda que, assume-se, conjunturalmente, é importante que se estimule à diversificação das parcerias internacionais das nossas empresas.
Alguma das actuais economias emergentes partilham connosco afinidades históricas e culturais que podem traduzir-se numa verdadeira mais valia que importa potenciar.
Angola enquadra-se nesse registo e constitui um dos países com os quais a Câmara de Comércio e Indústria vem estabelecendo parcerias institucionais e empresariais, designadamente ao nível das organizações e missões e contactos bilaterais.
Este país irmão apresenta inúmeras oportunidades de negócio e de investimento para as nossas empresas, através da correcta abordagem e do contacto com os interlocutores adequados.
As riquezas naturais angolanas, o percurso de estabilidade e reconstrução têm atraído a atenção de diferentes nações e grandes grupos empresariais.
As pequenas e médias empresas têm igualmente um leque alargado de nichos de oportunidade nesta dinâmica de crescimento, que pretendemos estimular, numa visão alargada que contempla quer o incremento das exportações das nossas PME para novos mercados, quer a agilização de redes de contactos com as PME, como o Grupo Lena, Visabeira, Martifer, entre outros, consolidadas naquele país, quer ainda numa óptica de captação de investimento para o nosso território.
In revista Indústria, 8 de Outubro de 2009

Três Territórios unidos numa “Eurorregião”

Centro, Alentejo e a Extremadura espanhola uniram-se no passado dia 21 de Setembro, em Vila Velha de Ródão, onde deverão os rios Tejo e Sever convergir e não separar, para subscrever o protocolo de constituição da Euro-ACE (Eurorregião Alentejo-Centro-Extremadura).

Se é certo que a integração europeia e a proximidade geográfica potenciaram também a integração económica, não é menos importante que os agentes empresariais estabeleçam laços de cooperação concreta, assentes em linhas estratégicas comuns, que alavancam as actuais dinâmicas transfronteiriças, capitalizando, como é referido no convénio que institui a Euro-ACE, a longa experiência adquirida.

Agricultura, ambiente, ordenamento, energia, turismo, inovação e desenvolvimento tecnológico constituem algumas das temáticas prioritárias desta nova agenda, com o envolvimento de um leque largado de actores públicos e privados, onde se destaca o elevado empenho da CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro.

Convergência, num duplo sentido, é o que se impões a estes três territórios, ainda bastante marcados pela interioridade e dicotomia com as regiões mais desenvolvidas da Europa. Convergência, numa aliança virtuosa entre coesão e competitividade, é o que poderá transformar estes mesmos territórios em regiões verdadeiramente europeias.
In Jornais da região Centro, 8 de Outubro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

“Enquanto uns falam, nós fazemos avançar”

O ciclo de duas eleições seguidas está quase no fim, dentro de poucos dias, a 11 de Outubro, escolheremos os responsáveis autárquicos para os próximos quatro anos, uns dias depois será empossada a nova Assembleia da Republica e saberemos se o PS escolhe governar sozinho ou em coligação, esperemos que se siga um período de estabilidade, o País bem precisa.
Mas, na última semana de campanha autárquica, no meio das inúmeras e confusas mensagens que são os outdoors espalhados pela cidade, há um que salta à vista, colocado junto à rotunda do Colégio da Via Sacra, ao cimo da 5 de Outubro.

Com descaramento, o PS exibe um cartaz que diz “ Auto-estrada Viseu Coimbra e comboio, já “, “enquanto uns falam, nós fazemos avançar”.

Enquanto exercício de demagogia, é de uma grande infelicidade, salta à vista pela mentira estampada e pela tentativa de branquear a maior nódoa da governação socialista.

Se for um cartaz de assumpção de culpa, já se pode aceitar.

A auto-estrada Viseu Coimbra foi de facto anunciada com pompa e circunstância, foi dada como adjudicada antes do verão deste ano, assumida nos folhetos de campanha do PS como uma das concretizações do mandato.

Sejam sérios meus Senhores, esta anulação do concurso foi um rude golpe para Viseu, deviam ter vergonha de colocar semelhante mentira num cartaz e no discurso.

Quanto ao comboio, onde está a definição do que Viseu vai ter, onde está a cronologia desta obra? Para já, só a miragem do anúncio do TGV, uma promessa longínqua que nunca cumprirão.

Quando dizem que “uns só falam, nós fazemos avançar”, só podem estar a brincar, nada de estruturante foi feito em Viseu nos últimos quatro anos pela mão do Governo ou do PS.

Quando se referem ao facto de fazerem avançar, estão a referir-se à anulação do concurso da auto estrada Viseu Coimbra, ao enterrar da Grande Área Metropolitana, ao banho maria da Universidade Pública, à reiterada atitude de não honrar os compromissos na construção do Arquivo Distrital, da Construção do Matadouro, da Escola de Ranhados?

Se for a este fazer avançar, estamos conversados, estão a assumir o fazer parar ou adiar.

Também não é sério prometer este mundo e o outro, confundir o que são atribuições do poder central com o poder local; quando dá jeito, é competência do poder central, quando não dá é a autarquia que devia fazer avançar.

Quando assumem no programa a construção do Centro Escolar Viseu Norte e Rio de Loba, não sabem que já estão adjudicados, os edifícios a serem levantados com prazo marcado para a inauguração?

Quando se referem ao fazer avançar, só podem estar a referir-se à obra levada a cabo nestes 20 anos de mandato autárquico do PSD, liderado pelo Dr. Fernando Ruas, o que vimos avançar nestes últimos anos, o Programa Polis, a grande revolução que se está a operar no centro histórico, o investimento no parque escolar, a rede de abastecimento de água a Viseu, com a extraordinária estação do Viso, com o seu inovador sistema de detecção de fugas de água ou baixa de pressão, entre muitas outras coisas, não têm a assinatura do partido socialista.

Afinal de contas, quem se fica só pelas palavras, são os responsáveis socialistas, falam muito alto para apregoar o que não fazem e calam-se quando deviam fazer ouvir a sua voz para reclamar do poder central.

Já levaram o cartão amarelo no Distrito, nas eleições legislativas, estou certo que os viseenses os irão penalizar também no voto autárquico do dia 11 de Outubro.

Afinal Viseu somos todos nós, embora alguns pareçam ter pouca preocupação de se colocarem do lado dos que os elegem.

In Noticias de Viseu, 05 de Outubro de 2009

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Um Novo Impulso ao Empreendedorismo

Em prol do Empreendedorismo, o CEC/CCIC, dentro da sua filosofia de actuação em rede e em articulação com a APBA (Associação Portuguesa de Business Angels) e FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels), constituiu a Centro Business Angels (CBA), com o envolvimento de um conjunto alargado e prestigiado de importantes gestores e empresários da região.
Vocacionada para projectos semente ou start-up, a CBA assumiu-se enquanto uma alavanca de negócios iniciais, seja do ponto de vista financeiro, seja ao nível da transferência de know how em gestão e networking.
Trata-se de uma componente prévia e complementar a outros mecanismos de financiamento, como o capital de risco, que pretende potenciar projectos ou ideias empresariais em fases consideradas menos maduras.
A este Fórum têm sido apresentados diversos projectos, designadamente os oriundos do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica promovido pelo Conselho Empresarial do Centro em parceria com as Universidades de Aveiro, Beira Interior e Coimbra.
Fruto da menor tradição que os Business Angels têm ainda em Portugal, aquém das performances de países como os Estados Unidos, Reino Unido ou Holanda, esta iniciativa quis traduzir um forte contributo para o clima inovador que se faz sentir no Centro de Portugal.
Não obstante o voluntarismo destas acções, importa ainda um melhor enquadramento legal para as redes nacionais de Business Angels, bem como o estímulo, por parte das políticas públicas, a estes mecanismos de apoio.
É, por isso, com agrado que se olha para o facto de o actual Quadro Comunitário de Apoio (QREN) se mostrar enfim disponível para alavancar também por esta via o apoio ao empreendedorismo e inovação, através da constituição de Fundos de Capital de Risco liderados por Business Angels (BA), através de Empresas Veículo (EV) constituídas por um mínimo de 3 BA.
Esta é uma notícia que os Business Angels esperavam há muito, pela qual se vem lutando há vários anos e que será um incentivo muito forte ao desenvolvimento da actividade de Business Angels em Portugal.
In Jornais da região Centro, 2 de Outubro de 2009