Almeida Henriques

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Centro de Portugal e Angola – Pontes Sustentáveis

Tem sido assinalável a capacidade de inserção das empresas do Centro de Portugal na competição internacional, num crescendo contínuo, o que traduz uma boa aptidão na resposta das PME da Região às exigências dos mercados externos e à globalização das economias.
Para esta posição destaca-se o contributo expressivo de sectores com uma elevada faculdade de criação de valor, nomeadamente os sustentados por um perfil de diferenciação de produto, que, em algumas sub-regiões, assumem uma representatividade considerável.
Enquanto Câmara de Comércio e Indústria é também missão do CEC/CCIC promover a internacionalização das empresas do Centro de Portugal.
Num momento em que se assiste a uma instabilidade sem paralelo à escala mundial, em que o sistema financeiro global claudica, em que os mercados externos tradicionalmente compradores dos nossos produtos vacilam, ainda que, assume-se, conjunturalmente, é importante que se estimule a diversificação das parcerias internacionais das nossas PME.
Algumas das actuais economias emergentes partilham connosco afinidades históricas e culturais que podem traduzir-se numa verdadeira mais valia que importa potenciar.
Brasil, Cabo Verde e Angola enquadram-se nesse registo e constituem alguns dos países com os quais o CEC/CCIC tem vindo a estabelecer parcerias e organizar missões.
Este último país Africano, Angola, apresenta inúmeras oportunidades de negócio e de investimento para as nossas empresas, através da correcta abordagem e contacto com os interlocutores adequados.
As suas riquezas naturais, o percurso de estabilidade e reconstrução têm atraído a atenção de diferentes nações e grandes grupos empresariais.
As pequenas e médias empresas têm igualmente um leque alargado de nichos de oportunidade nesta dinâmica de crescimento, que nos propomos incrementar através da implementação de projectos específicos, numa visão alargada que contempla quer o incremento das exportações das nossas PME para novos mercados, quer a agilização de redes de contactos com as PME da Região Centro que se encontram já instaladas e consolidadas no exterior, quer ainda numa óptima de captação de investimento para o nosso território.
Efectivamente, Angola, de país destino das nossas exportações, é hoje visto igualmente enquanto nação africana privilegiadamente parceira para o estabelecimento de alianças estratégicas, seja do ponto de vista da melhor abordagem a ambos os mercados, sejam enquanto desafio para alcançar mercados mais alargados, onde os dois países se integram.
Pontes sustentáveis para a Europa e África, numa dinamização da história, língua e economia que nos unem, será um estimulante desafio para empresários do Centro de Portugal e Angolanos.

In Jornal do Centro, 11 de Novembro de 2009

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