Almeida Henriques

domingo, 31 de janeiro de 2010

2010 com apoio às empresas

A crise mundial de que ainda não saímos, com a rápida falência ou queda de algumas das economias que até então eram referências, transportou-nos da apreensão para a percepção das mudanças em curso.
Percebemos agora melhor as complexas teias e relações de dependência que o processo global criou, nos seus aspectos positivos, com um forte incremento do comércio internacional, mas também da necessidade de uma maior supervisão que devem incidir sobre as relações económicas à distância de um rápido acesso à internet.
Percebemos também agora melhor que os conceitos da economia têm de ser adaptados aos novos paradigmas, aos novos mecanismos de mercado, aos novos actores e avanços tecnológicos.
A solidez das finanças do Estado e o nosso endividamento externo estão na ordem do dia e pelos números que conhecemos terão de continuar a estar, face à imperiosa necessidade de inverter o actual paradigma em que vivemos, seja pelas regras da União Europeia, seja pela carga fiscal que daí advém, seja ainda por se não poder continuar a impor aos portugueses que tudo o que produzem se destine a equilibrar as contas públicas, quando muito pouco têm de retorno.
São-nos exigidos novos sacrifícios em cada novo ano. Há já uns bons pares deles que aceitamos, na expectativa de, em conjunto, manter a esperança de deixar um país melhor às gerações vindouras.
Nas demandas mais difíceis os portugueses têm sabido, dentro e fora de casa, responder com enorme coragem, mas também é tempo de equidade.
É tempo de exigir um novo modelo que terá de passar por acreditar nas empresas, na sua iniciativa, na capacidade de criar emprego, de inovar, de criar riqueza, regiões coesas e competitivas.
A Região Centro não é imune aos cenários menos favoráveis que atravessamos. Marcado pela diversidade, factor que constitui também a sua riqueza, o nosso território apresenta uma estrutura produtiva essencialmente composta por micro e pequenas empresas, onde convivem os sectores mais tradicionais com novos e importantes “cachos de actividades”, de maior valor acrescentado.
Em ambos os registos, há a necessidade de continuar a defender por uma política séria de apoio às PME, por um estado facilitador, que não crie entraves à iniciativa privada, que cumpra os seus compromissos a tempo e horas, como se exige aos contribuintes, que disponha de uma máquina fiscal, de incentivos e investimento ágil e amigável, capaz de criar um clima de confiança.
É tempo de nos deixarem trabalhar.
António Almeida Henriques
Presidente do CEC/CCIC

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