Almeida Henriques

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

EXIGIR A UNIVERSIDADE PÚBLICA DE VISEU

A Assembleia Municipal de Viseu reuniu extraordinariamente, a pedido do Senhor Presidente da Câmara de Viseu, Dr. Fernando Ruas, com o único objectivo de debater os últimos desenvolvimentos sobre este tema, tão Caro a todos nós.
Por mais que os socialistas tentem sacudir a água do capote, a cronologia dos factos fala por si, ficou bem espelhado na intervenção do nosso edil.
O primeiro estudo prévio é de 1991, em 1995 o Eng.º. Guterres faz uma encenação em Viseu num comício prometendo-a, tendo criado o Grupo de Trabalho para o seu estudo em 1998, com conclusão e publicação da Resolução em Fevereiro de 2001, já em fim de ciclo com eleições e mudança de Governo.
O PSD rejeita este modelo e apresenta a nova solução com Durão Barroso, reiterada por Santana Lopes em 2004, com a publicação de nova Resolução do Conselho de Ministros.
Entretanto dá-se a queda do Governo e o Eng.º. José Sócrates diz-me no debate do Programa de Governo que não criará nenhuma Universidade durante o mandato, situação que o Ministro Mariano Gago vem a reiterar no inicio desta nova legislatura, no final de 2009.
Pelo meio ficou a nossa candidatura à Faculdade de Medicina, em que fomos preteridos politicamente, com a opção da Covilhã e, já depois disso o Governo criou valências idênticas no Algarve e mais recentemente em Aveiro.
Assim, dois factos relevantes:
Nos últimos quinze anos fomos governados durante treze pelos socialistas;
O PSD rejeitou a criação do Pólo da Universidade de Aveiro mas apresentou uma alternativa já o mesmo não aconteceu quando o Eng.º. Sócrates assumiu a liderança, esteve cinco anos sem apresentar soluções.
Viseu precisa de respostas, a última Assembleia Municipal reiterou que Viseu não abdica da sua Universidade Pública, abrindo a porta a uma solução.
Propõe-se ao Ministro da Ciência e Ensino Superior que crie uma “task force” presidida por si ou por quem indicar, constituída por uma equipa técnico-científica independente e integrando forças vivas da Região como as autarquias e as associações empresariais, bem como os estabelecimentos de ensino superior existentes em Viseu.
Na verdade existem vários estudos, o de 91, o que fundamentava a criação do Pólo da Universidade de Aveiro, a candidatura à Faculdade de Medicina e a solução apresentada pelo Prof. Veiga Simão.
Existem também várias dinâmicas criadas em Viseu, desde as iniciativas da AIRV para a criação da Universidade Empresarial até aos curso na área da saúde pendentes de aprovação da Escola Superior de Saúde de Viseu, para já não falar da vontade da Universidade Católica de fazer evoluir o seu curso de Medicina Dentária e do Instituto Piaget que luta há vários anos para que reconheçam o curso de medicina bem como muitos outros pendentes.
As dinâmicas existem, falta vontade política, só o Governo através do Primeiro-Ministro em concertação com o Ministro Mariano Gago, podem resolver o problema.
Dizer o que pretende fazer a estas múltiplas pretensões que dependerão sempre de decisão do Governo e de alocação de verbas para a sua concretização.
É impossível programar o futuro da nossa Terra, definir prioridades, procurar novos investimentos e concertação estratégica, sem definição clara de questões tão fundamentais como a criação da Universidade Pública.
Não podemos continuar a gastar recursos, apresentando soluções que são sistematicamente chumbadas.
Só com uma equipa liderada, directa ou indirectamente pelo Ministro Mariano Gago, será possível responder aos anseios, definir o que vai ser aprovado e o caminho a trilhar.
É preciso abertura de espírito, Senhor Ministro Mariano Gago e responsáveis do PS, o que Viseu quer é uma solução, não a negação sistemática de tudo o que se apresenta.
Esperamos respostas a curto prazo, o Ministro do Ensino Superior tem aqui uma boa oportunidade de provar que não tem nada contra Viseu, tem uma porta aberta para apresentar uma solução.
In Noticias de Viseu, 18 de Janeiro de 2009

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