Almeida Henriques

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Acessibilidades para Viseu

Na última reunião da Assembleia Municipal que se realizou na passada segunda feira, abordei a questão das acessibilidades a Viseu, o facto de nos encontrarmos numa situação financeira muito difícil não nos deve inibir de pensar o futuro.
Com efeito, a conclusão das vias A25 e A24 implicou que Viseu deixasse de ser a única capital de distrito que não era servida por nenhuma auto-estrada, foi um passo fundamental para o nosso desenvolvimento.
Demorou muitos anos mas estão concluídas, o mesmo não se podendo dizer da auto-estrada que deveria ligar Viseu à A1.
Apesar deste traçado já estar estabilizado desde o Governo de Durão Barroso, a verdade é que continuamos sem esta importante via construída e, nos dias que correm, face às dificuldades do País, nem perspectivas do seu desbloqueamento.
Todos os que utilizam o IP3 perdem horas nas filas, com graves consequências para a produtividade, para já não falar das vidas que não se recuperam.
Este folhetim já tem episódios a mais, cinco anos de governação socialista conduziram-nos ao impasse que vivemos.
Outro dossier fundamental, a ferrovia, continua também em banho- maria.
Apesar das sucessivas promessas e soluções apontadas para a ligação ferroviária a Viseu, nem ramal de ligação à linha da Beira Alta, nem comboio de alta velocidade, nem ligação de Aveiro a Viseu.
A este impasse nestas importantes acessibilidades, com concretização ameaçada, junta-se agora a possibilidade de inclusão de portagens nas SCUT A24 e A25, situação que abordei na semana passada.
A consciência da importância destas acessibilidades levou-me a apresentar uma moção, aprovada por maioria, com a abstenção do PS, que aponta nos seguintes sentidos:
Reiterar a necessidade de ser construída a ligação em auto-estrada entre Viseu e a A1, devendo o Governo proceder a estudo que autonomize o seu início rápido numa perspectiva de concepção, construção e exploração, sem custos para o Orçamento do Estado, mantendo intacto o actual IP3 que se constituiria como via alternativa à nova auto-estrada a construir com portagens;
Exigir que seja estudada e estabilizada uma solução para a ligação ferroviária a Viseu, designadamente com a construção do troço entre Aveiro e Viseu com ligação à linha da Beira Alta, para que esteja na linha de prioridades de construção logo que o País coloque as suas finanças em ordem;
Reforçar a exigência de que as eventuais futuras portagens a implantar nas A24 e A25 não tenham custos para os residentes e empresas com sede no Distrito de Viseu, em toda a sua extensão, pelo facto de não existir via alternativa para estes percursos.
Espero bem que estes dossiers se clarifiquem rapidamente pois isso poderá permitir às autarquias, empresas e cidadãos saberem com o que poderão contar, mesmo que seja daqui a uns anos.
O que se exige é realismo e clarificação, com os pés assentes na terra, sem megalomanias.
Perseguir miragens só nos prejudica, como temos visto com a promessa do TGV que nunca se concretizará.

Sem comentários:

Enviar um comentário