Almeida Henriques

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

AE Viseu Coimbra é estruturante

Com o déficit nos 9,3%, a grande surpresa do Orçamento do Estado para 2010, o Governo percebeu finalmente que a hora é de apertar o cinto e que as grandes obras não são uma solução para o País, porque comprometem as próximas gerações e porque não são indutoras de competitividade nas empresas nem geram crescimento de proximidade nas regiões do País que mais precisam.
A palavra de ordem é agora cortar, o Governo cancelou a concessão de quatro auto-estradas e vai reequacionar parte do TGV e recalendarizar as obras previstas com os parceiros privados para os próximos anos.
Por outro lado, como é preciso gerar mais receita, vai introduzir portagens em algumas scut, as tais sem custos para o utilizador, sendo que a A25, a A24 e a A23 estarão entre as que vão ser avaliadas para determinar a viabilidade, momento e as condições.
Quanto às portagens, sempre estive de acordo com o principio do utilizador pagador, mas o cidadão tem que ter alternativas, ponderação que deve ser aplicada na análise da A25, A24 e A23 na nossa Região Centro; se os cidadãos residente não têm alternativa válida, devem ficar isentos, é uma forma de discriminação positiva que se tem de exigir.
Já quanto a novas estradas, nunca vi ninguém negar a necessidade da ligação em auto-estrada entre Viseu e Coimbra, até agora o malfadado IP3 que tantas mortes e constrangimentos provoca.
O concurso foi anulado no Verão, novo foi lançado já com três adiamentos, prevendo-se a adjudicação para o inicio deste mês.
Nunca percebi como é que 70 Kms de via, que poderão ser 100 KMs, se juntarmos a conclusão do IC12 (Mangualde - Canas de Senhorim) que é complementar, se transformaram num concurso de 400 kms de novas vias e manutenção de outras existentes; o resultado está à vista, problemas no concurso e com o Tribunal de Contas, o adiar do que é
Esperemos que, mais uma vez, o “pregador”, leia-se Ministro das Obras Públicas , não minta e que a adjudicação se verifique, esta obra é claramente prioritária e não deve ser adiada, tem grande impacto na Região, resolve um complicado problema e induz desenvolvimento no interior da nossa Região Centro.
In as Beiras

1 comentário:

  1. Meu Caro
    Há de facto uma grande similitude!
    Impressionante como as coisas não mudam em 150 anos

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