Almeida Henriques

quinta-feira, 30 de abril de 2009

25 de Abril, 35 anos depois, é preciso nova atitude!

Esta semana que finda iniciou-se com a Comemoração dos 35 anos do 25 de Abril, dia que foi assinalado com uma sessão solene na Assembleia Municipal de Viseu, que contou com a participação do Dr. Daniel Bessa e foi transmitida em directo através da internet.



Na minha intervenção enfatizei que hoje, felizmente, não há um problema de democracia, mas sim o desafio de contribuir para a melhoria da qualidade da mesma.

Este problema exige uma nova atitude política e um novo modelo de desenvolvimento, a democracia reforça-se quando os cidadãos participam, quando os governantes decidem, quando os autarcas realizam, quando o poder é exercido com convicção e sem arrogância, quando as convergências se procuram com vontade e com seriedade, quando as divergências são assumidas com respeito, elevação e sentido de responsabilidade.

Trinta e cinco anos depois, o País confronta-se com um problema de tentativa de controlo absoluto do poder, a ser desenvolvido pelo Governo e pelo Primeiro Ministro.

Trinta e cinco anos depois, a postura é de uma enorme arrogância, de procurar mascarar a realidade não se assumindo uma atitude de reconhecer os erros e aproveitar os contributos de todos para procurar ultrapassar este grave momento.

Daniel Bessa, sem papas na língua, como esperávamos, referiu que antes do 25 de Abril Portugal era um País rico de gente pobre, hoje é um País impossível, com um endividamento externo superior a 100% do PIB, um País que aumenta o seu endividamento à velocidade de dois milhões de euros por hora.

Como caminho aponta, aumentar a produtividade, apostar nas micro e pequenas empresas, promover as exportações com as empresas que temos viradas para novos mercados mas, as que vão permitir equilibrar a balança de pagamentos, serão as novas empresas que terão que ser criadas nos futuro.

Fez assim um grande apelo à promoção do empreendedorismo, de um clima favorável à aposta nos negócios.

Deixou nas entrelinhas uma critica às políticas e à ausência de reformas do actual Governo.

Desemprego, mascarar os números!

Também em sede de Assembleia Municipal, desta feita na sessão ordinária de segunda feira, assistimos a duas intervenções por parte do público no período a ele reservado.

Por um lado, um professor que acompanhou alunos de cursos de formação profissional do IEFP para denunciar que uma certeza têm, quando finalizarem o curso continuarão no desemprego.

De facto, muitos destes cursos só servem para iludir os números do desemprego, desajustados da procura, é a forma encapotada de o Governo impedir que as estatísticas do desemprego disparem, vamos ver o impacto que este tipo de atitudes terá nos indicadores do desemprego depois das eleições de Outubro, será porventura mais um pesada herança que este governo da propaganda nos deixa.

Centro Histórico tem que ser prioridade… para todos!

Por último, um cidadão representando o movimento que tem unido esforços com a autarquia, associação comercial e forças políticas, questionou o Dr. Fernando Ruas sobre os resultados da reunião com o Governo sobre a localização da loja do cidadão no centro histórico e instou o PS a assumir publicamente um compromisso quanto à solução do assunto.

Do PS, colheu o silêncio, mais uma vez!

Os dirigentes distritais do PS preferem utilizar manobras de diversão como colocar questões sobre a auto estrada Viseu Coimbra, ao invés de assumirem com frontalidade as suas obrigações.

A localização da Loja do Cidadão no Centro Histórico só depende do Governo e da pressão politica do Partido Socialista.

Estamos ansiosos por ver uma atitude firme!

Firmeza teve o nosso Presidente da Câmara ao assumir a deslocalização de serviços da autarquia parta o centro histórico e ter solicitado ao Arquitecto Siza Vieira uma alteração ao projecto do antigo mercado 2 de Maio para permitir colocar uma estrutura que acolha serviços.

Boas noticias, este exemplo deveria ser seguido pelo Governo e pelo partido que o suporta, em nome da dinamização do centro histórico e do comércio de proximidade.

Boa oportunidade para o candidato do PS à Câmara de Viseu se “atravessar” no apoio aos anúncios da autarquia e na pressão ao Governo para resolver este assunto.

In Diário de Viseu, 30 de Abril de 2009

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