Almeida Henriques

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O Mandato dum Deputado é pessoal

Ao ser empossado como Deputado na XI Legislatura, agradeci a confiança que os habitantes do Distrito de Viseu me confiaram, enquanto um dos seus nove representantes com legitimidade que advém do voto popular.
Ao mesmo tempo manifestei disponibilidade e lancei o repto para uma concertação estratégica que conduza a que consigamos remar no mesmo sentido em temas fundamentais para o nosso desenvolvimento como a Universidade Pública, a ligação ferroviária a Viseu, a construção da auto estrada Viseu Coimbra, a conclusão do IC12 entre Mangualde e Canas de Senhorim, o avanço do IC26 que permitiria desencravar o norte do Distrito, bem como a construção do Arquivo Distrital, Matadouro de Viseu, a Escola de Ranhados e as três Unidades de Saúde familiares.

Solicitei que esta iniciativa fosse entendida como um contributo para atenuar crispações e colocar o interesse das populações que nos elegeram acima de tudo.

Mantenho os propósitos, garanto que os temas que enumerei serão sempre para mim um objectivo a atingir, foram compromissos que estiveram na base duma candidatura, aquela que mereceu a aprovação dos cidadãos, será sempre para mim o referencial.

Entendo mal a reacção do líder Distrital do PS, não percebi nem a agressividade nem a crispação e muito menos a atitude de dizer que futuramente só falará entre Presidentes de Distritais.

Há aqui uma grande confusão, o nosso mandato como Deputados resulta do voto popular, é um mandato nacional e depende de cada um dos eleitos, é exercido a título individual; os Presidentes Distritais de cada partido, resultam de uma eleição interna de militantes, uma coisa não condiciona a outra.

Conduzir-me-ei sempre como Deputado eleito, sempre que tiver alguma proposta a fazer aos meus colegas, também eleitos, fá-lo-ei directamente aos meus pares, sem condicionamentos.

O que fiz foi um gesto genuíno de vontade de concertação de vontades, se o líder distrital do PS o entendeu de maneira diferente, só a acentua o carácter e forma de estar que lhe reconhecemos, estamos conversados.

Já a reacção do CDS é, no mínimo, estranha, não deveremos desconfiar da real intenção das propostas que nos fazem, como o Povo diz, quem é desconfiado não é fiel.

Reitero, pois, o que já afirmei, a minha primeira fidelidade é para quem nos elege, só depois ao Partido que nos propõe.

Uma última nota que se prende com a reconstrução das Escolas Secundárias Emidio Navarro e Alves Martins, iniciativa lançada em boa hora e que permitirá a modernização e uma maior funcionalidade destes dois edifícios de referência para todos nós.

Só estranho que, em obra tão de fundo, não se tenha acautelado a questão do estacionamento nestes edifícios, é já visível o impacto deste esquecimento.

Se na Escola Emidio Navarro ainda há a alternativa do espaço da feira semanal, já o mesmo não se poderá dizer da Alves Martins.

Por não perceber e considerar que é um aspecto fundamental nestas remodelações, irei questionar o próximo Governo a ser investido, sobre a oportunidade de ainda ser considerada a construção de parque de estacionamento subterrâneo, sobretudo na Alves Martins que não tem alternativa e parece ter uma solução fácil para obviar a este problema; é já notório na envolvente da Alves Martins o problema que colocam as obras em matéria de estacionamento, para já não falar da dificuldade criada aos professores e funcionários da instituição.

Deixo este apelo aos responsáveis, parece-me que ainda se vai a tempo!

In Noticias de Viseu, 19 de Outubro de 2009

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