No último debate quinzenal o líder parlamentar do PSD, Paulo Rangel, relembrou a constante situação de confusão entre o aparelho de estado e o aparelho do partido socialista.
Veja-se a situação do lançamento do Magalhães há dois anos em que usou figurantes e não alunos verdadeiros, numa visita de Sócrates a uma Escola, veja-se agora a utilização abusiva de crianças de uma escola do Alentejo para um anúncio ou tempo de antena do PS.
É uma constante a pressão do governo sobre os jornalistas e instituições para que passe a “verdade oficial”, vivendo-se uma situação que já foi, justamente, apelidada de “asfixia democrática”.
No domínio da economia, são já socialistas como Henrique Neto que denunciam a situação das “empresas do regime”.
Ainda há dias denunciei uma situação de nomeação de pessoas da confiança de Manuel Pinho para a gestão de empresas privadas em que o Estado, através do capital de risco, coloca dinheiro, uma situação legítima, dirão, mas do ponto de vista ético duvidosa; numa das empresas o administrador nomeado, além de amigo do Ministro, é também marido de uma das administradoras que o nomeia.
Ao nível do Distrito, vive-se a mesma realidade asfixiante, ainda há poucos meses foram as candidaturas ao QREN dos caminhos rurais, denunciei situações em Mangualde, pelos vistos a condição para aprovação das candidaturas era o facto de a Junta ser ou não governada por um socialista.
Agora foi a vez dos Gabinetes de Inserção Profissional, situação denunciada pelos Presidentes de Câmaras do PSD, afinal de contas, todas as Câmaras socialistas foram contempladas, Resende, Cinfães, Tarouca e Mortágua e, nas restantes autarquias, a constante foi a contemplação de Juntas de Freguesia socialistas ou instituições que têm à sua frente socialistas, haja um pouco de decoro!
Apoiar a economia, ouvir a sociedade e a oposição!
No que às empresas diz respeito, o Primeiro-ministro anunciou uma linha de crédito INVEST IV, mas não esclareceu se o dinheiro disponível chegará às empresas ou se, mais uma vez, vai ser a banca a reforçar as suas garantias.
Finalmente parece olhar para as exportações, vem reconhecer que as medidas tomadas não produziram qualquer efeito e que as empresas, muitas vezes têm mercado, mas não conseguem aprovar seguros de crédito às exportações.
Em diferentes debates parlamentares sugeri que o Governo avocasse a si a questão dos seguros de crédito.
A acreditar nas palavras do Primeiro-ministro será o caminho que sugeri que vai ser seguido em matéria de seguros de crédito, vou aguardar para ver, espero que reconheçam a “bondade” de mais esta proposta da oposição.
Muito lentamente, perdendo oportunidade, a teimosia do Governo vai adiando as medidas essenciais para ajudar as micro e PME neste contexto de crise.
Tudo o que possa ajudar a melhorar a liquidez das empresas, promover as exportações e estimular as economias de proximidade, terá o meu apoio.
O que esta conjuntura precisa, o que as empresas precisam é de: acesso ao crédito em condições vantajosas, sem spread escandalosos; que o Estado pague a horas, o último relatório conhecido diz que somos dos piores pagadores, apesar da propaganda do governo; um apoio forte e célere à exportação de bens e serviços bem como conquista de novos mercados; apoio efectivo à inovação e promoção do empreendedorismo.
Basta copiar o que outros governos europeus estão a fazer bem, basta seguir sugestões que o PSD tem apresentado, sem a habitual teimosia do PS de considerar que tudo o que propomos é errado, vindo mais tarde a dar-nos razão.
In Diário de Viseu, 14 de Maio de 2009
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