Almeida Henriques

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Escola Grão Vasco, urgente remodelar

As Associações de Pais têm cada vez mais um papel relevante na defesa das Escolas e numa boa interacção com as respectivas Direcções, para já não falar da ligação com os responsáveis políticos, são muitos os bons exemplos na nossa cidade.
Foi a convite da Associação de Pais que visitei a Escola EB 2,3 Grão Vasco na passada segunda feira, constatando o elevado grau de deterioração das instalações que se verifica e o esforço dos professores, alunos e funcionários para manter a Escola em níveis elevados de aproveitamento, que lhe permite aparecer muito bem classificada em todos as avaliações.
Prova-se nesta Escola que o importante são as Pessoas e a sua dinâmica, embora a qualidade das instalações não seja matéria menor.
Este edifício, com cerca de 40 anos, que alberga 1.000 alunas e alunos, está claramente a precisar de obras urgentes, só não reconhece quem não verificar no local.
É bem patente a degradação do piso exterior e dos campos de jogos, que dificultam a prática do desporto; as caixilharias estão completamente degradadas e já não suportam vidros, optando-se por placas de madeira, em algumas os buracos existentes deixam passar o frio; as paredes de algumas salas denotam as infiltrações de água e algumas fissuras de dimensões razoáveis.
O ginásio, que sofreu obras no inicio do ano, aliás objecto de uma questão por mim colocada ao Governo sobre a inoportunidade de só terem começado as obras depois das aulas iniciadas, está com piso novo, telhado reparado mas, os tais caixilhos não foram substituídos, subsistindo problemas de climatização do local.
As instalações sanitárias, embora asseadas, são manifestamente más e insuficientes para a população escolar existente.
Em resposta a uma Pergunta por mim colocada, o Ministério da Educação respondeu em 26 de Outubro de 2010, terem sido gastos 672.000 euros nos últimos quinze anos, a Direcção da Escola recorda que muitas dessas obras não passaram de cosmética e outras destinaram-se à substituição da rede exterior de águas e remodelação do ginásio.
Assumi o compromisso de colocar este assunto na Agenda política, é o que estou a fazer com este artigo e com uma pergunta ao Governo que apresentei esta semana; na próxima Assembleia Municipal apresentarei uma moção que a todos responsabilize.
O que se pede é que esta Escola seja colocada como prioridade nas futuras remodelações, designadamente no Programa Nacional de Requalificação das Escolas Básicas, é isso que temos de exigir.
Em bom rigor, o desperdício que se verifica nas obras do Parque Escolar, dariam para esta remodelação e muitas outras.
Não se entende que, na Alves Martins, não se tivesse aproveitado algum do mobiliário e equipamentos (o retirado está a apodrecer nas instalações da antiga CVRDão), para já não falar de um excelente auditório que foi totalmente destruído.
Afinal de contas não somos um País rico, que mal existiria se algumas salas ficassem com material escolar antigo, equipando-se só as necessárias.
Bem sabemos que a Parque Escolar EPE ficará a cobrar rendas ao Ministério da Educação pelos valores investidos nas obras de Escolas como a Alves Martins e Emídio Navarro mas seguramente que seriam menores se os investimentos tivessem sido efectuados com maior rigor, estamos a falar do dinheiro que não temos.
O País vive momentos muito difíceis, não se pode estar a pedir sacrifícios aos Portugueses e, ao mesmo tempo, ver instituições como esta viver no clima da abundância desperdiçando recursos.
Saudei e saúdo o programa lançado de requalificação de mais de cem Escolas, as condições em que se lecciona é fundamental para o aproveitamento escolar, mas não tem que ser tudo novo, quando se fazem os projectos de remodelação há que aproveitar o que está em bom estado de conservação; com uma boa gestão, o dinheiro pode dar para mais obras e acudir a situações como a da Escola EB 2,3 Grão Vasco.

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