Almeida Henriques

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Visitas a Mortágua e Tondela

No programa de reuniões de trabalho que temos mantido com os Presidentes das Câmaras do Distrito, visitámos esta semana Mortágua e Tondela, dois Concelhos geridos por autarcas com grande experiência, visível na racionalidade da gestão e na prudência colocada quanto ao lançamento de obras e preparação para os períodos difíceis que vivemos.
A grande questão estrutural para estes Concelhos é a construção da auto-estrada entre Viseu e a A1 (Coimbra), relembre-se que já há seis anos está definido o projecto, o governo socialista “inventou” e transformou estes 80 kms em 400 kms, de que resultaram atrasos sucessivos, dois concursos anulados e um longo percurso de anúncios, recuos e indefinições que nos conduziram ao impasse actual.
É sabido que este troço de auto-estrada está definido desde o tempo do Governo de Durão Barroso com uma solução de concepção, construção e exploração, com cobrança de portagens, sendo uma obra auto-sustentável, que não aumenta a despesa pública, ao contrário da parceria público privada que o Governo queria fazer incorporando neste contrato várias estradas, o que fez disparar o preço das propostas.
As responsabilidades pela sua não construção são em exclusivo dos Governos PS sendo que, no momento presente, em que o País não está em condições de efectuar qualquer investimento, impõe-se a autonomização, como devia ter sido sempre feito, e o lançamento do concurso.
Mantemos, pois, a prioridade para o lançamento do concurso da auto-estrada de ligação entre Viseu e a A1(Coimbra) numa lógica de concepção, construção e exploração, com pagamento de portagens, duma forma autónoma e auto-sustentável, trata-se de um investimento decisivo para o futuro destes municípios e de Viseu.
Outra questão levantada em Mortágua foi a Barragem do Lapão, um projecto inicial de dois milhões de euros em que já se gastaram quatro milhões, um assunto antigo que ainda precisa de mais um investimento de quatro milhões em reabilitação para reparar os erros cometidos.
Está por resolver um problema de negligência, que chegou a colocar em risco populações, num impasse desde 2003, com relatório do LNEC mas ainda sem conclusão desde longo calvário visível; aparece no PIDDAC, mas este vale o que vale, ou não é executado ou há obras que são colocadas com valores simbólicos, só para efeitos políticos.
Não se percebe que, sete anos depois, ainda estejam por apurar responsabilidades e o problema por resolver.
Em Tondela, realce para as negociações em curso para reforçar valência no edifício do tribunal existente e com uma utilização muito aquém das potencialidades.

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