Almeida Henriques

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cimeira da Nato em Lisboa

Para além de toda a componente cénica, dos transtornos no trânsito, do encerramento temporário das nossas fronteiras, da mobilização de inúmeros recursos para a segurança dos que nos visitam, estima-se que sejam mais de 5.000 pessoas, trata-se de um evento crucial para a imagem de Portugal.
Esta cimeira irá definir um novo conceito estratégico para os próximos 10 anos que ficará com a marca de Lisboa, irá moldar uma NATO para a próxima década, mais virada para uma lógica dissuasora de conflitos, menos ofensiva, atenta a um novo conceito do mundo em que existem várias abordagens na Europa, das novas potências como a China, Índia e Brasil.
Vai ser interessante ver as diferentes posições e perceber qual será o caminho que europeus e americanos pretendem fazer juntos no futuro e o que é que isso implica, bem como o impacto que o envelhecimento da Europa implicará na relação euro atlântica.
As parcerias NATO/ Rússia, com a presença de Medvedev o que a valoriza muito, NATO/ União Europeia e União Europeia/ EUA serão momentos fundamentais nestes dias em Lisboa.
Por último uma atenção à redefinição da estrutura militar da NATO que passa de 11 para 6 comandos, espera-se que Portugal mantenha um.
Uma última palavra para a tolerância de ponto em Lisboa, um sinal contraditória num momento em que o País, mais do que nunca, precisa de trabalhar; espero que os dados de segurança na mão do Governo fundamentem esta decisão.

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