Almeida Henriques

sexta-feira, 6 de março de 2009

Escola de Ranhados, a história repete-se.

A técnica socialista de criar um facto novo para protelar uma obra em Viseu é chão que tem florescido.

Todos nos recordamos do Centro de Saúde nº. 2, já com conteúdo funcional e projecto aprovados, vem o Ministro Correia de Campos e acena com três Unidades de Saúde Familiar repartidas pelo Concelho; quatro anos depois, nem Centro de Saúde nem as três unidades prometidas.

A requalificação da EN 229, ainda por começar, apesar de sucessivamente prometida, o Governo assume a sua requalificação em Maio de 2008 com um orçamento de 7,8 milhões de euros, assumindo a sua inscrição no Plano Rodoviário Nacional.

Poucos meses depois, dá o dito por não dito, retira 3 milhões de euros a esta obra acenando com o projecto de uma nova ligação entre a Recta do Pereiro e o Alto do Caçador; quatro anos depois, nem requalificação da EN 229 nem novo projecto.

Na Escola de Ranhados a história repete-se.

Recordo-me que em Fevereiro de 2003, questionei o Governo PSD acerca do facto de ter sido retirada do PIDDAC, colocando sempre o interesse do Distrito à frente do Partido.

Resultou a assinatura de um acordo 25/2005 verificada a 22 de Setembro e homologado a 15 de Dezembro, publicado em Diário da República a 15 de Fevereiro de 2005.

Mais um dossier que o PS herda, mantém em “banho maria” ao longo de quatro anos e, agora, para mostrar que está a resolver o assunto, vem criar uma nova situação, pondo em causa compromissos anteriores assumidos.

Assim, das 25 turmas iniciais, o Governo aponta para 42, com um senão que é o facto de o Governo suportar 30 e ter de ser a autarquia a financiar o restante, recorrendo ao QREN.

Quando a esmola é grande, o pobre desconfia, razão tem o Senhor Presidente de Junta ao afirmar “…se esta possibilidade de implantação de uma escola maior fosse uma realidade seria um ganho para a minha freguesia: no entanto temo que este projecto apenas seja um sonho… Não será para adiar por mais tempo a construção desta Escola?...”

É exactamente isso, Sr. Prof. Mateus, o Governo Socialista não honra compromissos anteriores, imiscuí-se nas competências da autarquia quanto ao ensino básico, tenta passar a bola para o Município, no melhor estilo socialista, faz que faz mas não faz, chuta a responsabilidade para terceiros.

Ao invés de ver artigos e requerimentos socialistas a protestarem, colocando-se do lado dos viseenses, vejo artigo e declarações de apoio a uma decisão inadmissível num Estado de Direito, dar o dito por não dito, não honrar um compromisso anterior.

Mais uma vez, com o governo socialista, quatro anos a empurrar para a frente.

In Noticias de Viseu, 06 de Março de 2009

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