Almeida Henriques

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Apresentação à imprensa da Lista de Candidatos do PSD pelo Circulo Eleitoral de Viseu à Assembleia da República

Nesta sessão de Apresentação da Lista de Candidatos de Viseu do PSD à Assembleia da República que tenho a honra de encabeçar, quero antes de mais manifestar o orgulho que tenho de liderar uma equipa de pessoas com provas dadas no trabalho parlamentar, reforçada por muitas caras novas, com vidas profissionais para além da política, ao contrário de alguns dos nossos adversários de que só conhecemos o percurso no aparelho do partido.
Agradecer ao Dr. Fernando Ruas a sua disponibilidade para ser o nosso Mandatário de Honra, é hoje o mais ilustre viseense, temos um enorme orgulho no seu percurso e na obra que tem feito no município de Viseu e na Associação Nacional de Municipios Portugueses.
Qualquer Governo, antes de tomar posse, devia fazer um estágio em Viseu para verificar como se pode fazer obra com rigor, sem o desperdício da Parque Escolar, pagar a horas aos fornecedores e ter uma gestão rigorosa, a autarquia de Viseu é hoje apontada como um case study a nível nacional e internacional.
É o seu exemplo que queremos seguir.
Uma palavra de agradecimento ao Prof. José Ernesto, amigo de longa data, o nosso Mandatário Legal, um militante exemplar, um autarca de mão cheia, um empreendedor.
Um agradecimento à Comissão Politica Distrital do PSD, na Pessoa do meu amigo também de longa data, Dr. Mota Faria, pela confiança que nos dão para nos apresentarmos aos cidadãos do Distrito como candidatos em nome do PSD.
Uma palavra a todos os Senhores Presidentes de Câmara do PSD e aos Presidentes das diferentes Secções do Distrito, aos jovens da JSD, aos trabalhadores dos TSD, a todos os militantes, simpatizantes e apoiantes, um agradecimento por antecipação, sabemos que vão estar empenhados neste projecto de mudança, que o País precisa.
Antes de desenvolver qualquer outra ideia, há um compromisso de honra que queremos selar com os Viseenses
Como Deputados eleitos por Viseu, estaremos sempre ao lado do Distrito, mesmo que tenhamos de exprimir opinião diversa do nosso partido no Governo.
É a única promessa que nos ouvirão fazer, lutar pelo desenvolvimento do distrito, criticar se isso for necessário, qualquer decisão que seja tomada contra nós.
Este compromisso contrasta desde já com a actuação do Partido Socialista que, ao longo de seis anos, sempre acenou com a cabeça, quando estavam em causa os nossos interesses mais legítimos.
Optou sempre pela disciplina partidária, contra os interesses de Viseu.
Relembro aqui quatro situações.
O encerramento da 2ª. Repartição de Finanças de Viseu.
Apesar de duas resoluções da Assembleia da República aprovadas, uma da nossa iniciativa, encerrou mesmo, com a conivência dos socialistas, com graves prejuízos para as populações, como se comprova com os tempos de espera que obrigam as pessoas a irem guardar vez às oito da manhã.
A falta de convenção no domínio da fisioterapia.
Aqueles que sofrem com a ausência de convenções no domínio da medicina física e reabilitação, vulgarmente conhecida por fisioterapia, continuam a penar, esperando pela requisição que os leve a 100 kms de distância para fazer o tão almejado tratamento.
Ao longo de seis anos tivemos a insensibilidade dos socialistas para este problema, agora vêm apressadamente prometer que irão resolver o problema.
A atribuição de direitos aos ex trabalhadores da ENU.
Uma luta que liderei na Assembleia da República, duas vezes negada pelo Partido Socialista quando tinha maioria absoluta, finalmente aprovada nesta legislatura.
Convém aqui recordar que o candidato do PS, na altura na oposição, chegou a dizer a estes nossos conterrâneos que era um dever do País reparar esta injustiça; depois de eleito, com maioria absoluta no Parlamento ou depois no Governo Civil, nunca apoiou esta luta justa.
A trapalhada que foi, ao longo destes seis anos, a não concretização da auto-estrada Viseu Coimbra.
Todos nos passaram à frente.
Afinal de contas única coisa que os Viseenses querem é a construção de 80 kms de auto-estrada, com pagamento de portagem e a manutenção do IP3 como alternativa.
Nunca pedimos que juntassem a esta estrada uma série de outras, transformando 80 kms em 400 kms, obviamente que tinha de ser chumbada pelo Tribunal de Contas, seis anos perdidos, continuamos sem auto-estrada, mesmo Bragança que começou muito mais tarde já a tem em construção, nós continuamos a perseguir uma miragem.
Agora, com total desplante, vêm os nossos adversários dizer que não é possível fazer num ano e meio o que se propuseram para uma legislatura e voltam a prometer esta estrada!
É preciso não ter vergonha nenhuma!
Então e os seis anos de exercício ininterrupto de poder?
E os anos de Governo com António Guterres?
Em 15 anos, o PS foi poder durante 12 anos e meio, não tiveram tempo para fazer esta obra estruturante ou outras a que se comprometeram?
O desplante vai mesmo ao ponto de procurarem alijar responsabilidades atribuindo culpas ao PSD, nesta matéria, bem como na introdução de portagens na A25 e A24.
Em bom rigor, nada do que era estruturante para Viseu foi concretizado e mesmo promessas como a não introdução de portagens, a bandeira do PS da última campanha, não foram cumpridas.
Em matéria de acessibilidades, continuamos sem qualquer perspectiva de resolução da construção da auto- estrada Viseu Coimbra, do IC12 entre Mangualde e Canas de Senhorim, do IC26 que desencravaria o Norte do Distrito, do IC37 que ligaria Viseu a Nelas e à Serra da Estrela, da ligação em condições ao Sátão, entre muitas outras ambições.
Também no domínio das acessibilidades, continuamos sem o tão desejado comboio, o PS acenou-nos com a miragem do TGV, iludindo os viseenses.
Em termos práticos, nem ligação à linha da Beira Alta, nem construção do troço entre Aveiro e Viseu com ligação posterior à linha da Beira Alta.
Prometeu o impossível para não concretizar nada.
Acordos já com muitos anos não foram honrados, que o diga o Dr. Fernando Ruas, com as três Unidades de Saúde Familiar, com a Escola de Ranhados, com o Arquivo Distrital, até já nos cansamos de falar sempre dos mesmos assuntos.
Mesmo em situações que se iniciaram, como o Hospital de Lamego, uma obra de 42 milhões de euros, verifica-se que não corresponde aos anseios das populações.
Com a arrogância habitual, tudo se faz sem falar com os que estão no terreno, autarcas, médicos, enfermeiros, gente que sabe do assunto.
No Hospital de Lamego como no de Tondela, este governo quer reduzi-los a Unidades de Cuidados Continuados.
Estamos a falar de seis anos de oportunidades perdidas.
Em conclusão, quem não cumpriu nenhum dos compromissos com o Distrito nestes seis anos, não tem legitimidade moral para fazer promessas.
O segundo compromisso é de que não instrumentalizaremos a máquina do Estado colocando-a ao serviço dos interesses partidários.
As diferentes instituições do Distrito que actuam no domínio social, do desporto ou do desenvolvimento serão tratadas em pé de igualdade, em função do mérito dos seus projectos, não pela cor dos seus dirigentes.
O desenvolvimento do nosso Distrito tem que resultar duma boa interacção entre todos os autarcas, os empresários, as instituições que actuam no domínio social, as que promovem o desenvolvimento económico, todas têm que ser parte da estratégia, não podem existir filhos e enteados.
A marca do PS no Distrito é a ausência de estratégia e de concretizações ao longo de seis anos.
A marca no País é o desemprego, que ultrapassa hoje as 620.000 pessoas a que se somam os que já desistiram de procurar emprego e os inúmeros compatriotas que têm de emigrar por não terem oportunidades no País, é bem notório no Distrito de Viseu.
Afinal de contas, os 150.000 postos de trabalho prometidos foram transformados em mais 200.000 novos desempregados.
As previsões mais recentes, no plano de ajuda, apontam para uma taxa de desemprego de 13% em 2013.
Em seis anos de governação, o PS fez crescer de 80.000 milhões de euros para 160.000 milhões o endividamento do Estado, quase o mesmo valor de que precisamos agora ao nível da ajuda externa.
Em todos os momentos procurou iludir os portugueses, com um discurso bipolar, à segunda-feira a crise não nos ia afectar para à terça-feira nos pedir mais sacrifícios.
Com a apresentação do PEC IV, numa operação de desculpabilização bem montada, afrontou as instituições democráticas e da sociedade, no dia em que afirmava na Assembleia da República que não iriam ser necessários mais sacrifícios dos Portugueses, estava a negociar há três semanas um pacote lesivo para as famílias e para as empresas.
Ao longo do tempo sempre mascarou a situação, desorçamentou e manipulou contabilisticamente as contas do Estado, conduzindo o País ao limiar da bancarrota e ao pedido de ajuda externa.
Mesmo quando anunciou o acordo com as instituições internacionais fê-lo duma forma pouco séria, enunciando só o que não iria acontecer, procurando esconder mais uma vez a verdade.
Ainda hoje de manhã o Ministro das Finanças apresentava os contornos deste acordo dizendo que era um programa que não trazia boa notícias, mas que é uma oportunidade que não pode ser desperdiçada.
Há muito que o PSD vinha alertando para a necessidade da Reforma do Estado.
É preciso cortar gorduras na máquina do Estado e no sector empresarial do Estado, para se poder apostar mais no Estado Social.
É preciso uma nova atitude na forma como se gere o dinheiro público, o exemplo tem que vir de cima, como tem dito o Presidente do PSD, começar por um governo pequeno e eficaz, com 10 Ministros e 25 Secretários de Estado, envolver todos os portugueses no esforço de combate ao desperdício.
Mas acima de tudo, é preciso criar mais riqueza, só com uma aposta séria nas exportações e nas empresas que produzem bens e serviços transaccionáveis será possível honrar os nossos compromissos e criar postos de trabalho.
Só uma aposta séria na substituição de produtos importados por produção nacional, com o contributo decisivo dos produtos agrícolas e da concentração de esforços na agricultura, poderemos equilibrar as nossas contas.
Portugal só exporta 32% do que produz, a média da União Europeia anda na ordem dos 40%, é preciso fazer um grande esforço para que os meios de financiamento às empresas exportadoras não falte, que o investimento que cria riqueza não seja inviabilizado por falta de financiamento.
Só o PSD está em condições de criar uma nova dinâmica no País que nos tire da difícil situação em que nos deixou a desastrosa governação socialista dos últimos seis anos.
Este é um governo sem credibilidade, um Primeiro-ministro em quem não se pode confiar, está na hora de mudar de governo.
O que o PS tem para oferecer é a mesma liderança, com a mesma equipa e o mesmo projecto, os resultados estão à vista, só poderão piorar.
O PSD é esperança e confiança no futuro, uma nova liderança, novas ideias para viabilizar o nosso País, com quase 900 anos de história, com uma equipa nova.
Portugal está cansado da mentira e da crispação, precisa de um líder preparado, que fale verdade, com estratégia, disposto a enfrentar os problemas sem cosmética.
Portugal precisa de um Governo estável, só existem duas possibilidades, um governo chefiado pelo Eng.º. Sócrates, já esgotado ou uma nova dinâmica liderada pelo Dr. Pedro Passos Coelho, que leve outra vez o País para os trilhos do crescimento que crie emprego e dê esperança aos jovens.
O nosso Distrito tem que dar um forte contributo para a vitória que queremos, para a mudança que precisamos.
É fundamental que o PSD reforce a sua representatividade no Parlamento, elegendo pelo menos mais um Deputado, é o objectivo a que nos propomos.
Para além do compromisso assumido de estarmos sempre do lado do Distrito e da despartidarização da máquina do Estado, colocaremos as Pessoas no centro do nosso projecto e a criação de valor como o nosso principal desígnio.
As Pessoas que mais precisam têm que contar com a solidariedade de todos e do Estado.
Ter um melhor acesso à saúde, à justiça, à educação, criar oportunidades para os nossos jovens e uma atenção especial aos mais velhos, serão sempre prioridades para nós.
Colocar o enfoque no apoio às empresas e na captação de investimentos que criem postos de trabalho e fixem as Pessoas, combatendo a desertificação, é também a nossa prioridade.
Este apoio terá que ser efectivo, acarinhando as empresas que estão cá localizadas, resultado de investidores locais ou externos, nacionais ou estrangeiros, estimulando-os a que continuem a efectuar novos investimentos.
Trabalhar no sentido de captar novos investimentos que nos permitam dar novas oportunidades aos jovens, estancando o novo fluxo de emigração e aproveitando os muitos talentos e competências que temos.
Dar uma especial atenção a uma politica virada para as cidades e vilas do nosso Distrito, repovoando-as e dinamizando o comércio de proximidade, esta importante forma de comércio tem que aprofundar as suas especificidades e assumir-se como alternativa ao pulular das grandes superfícies e centros comerciais.
Colocar a agricultura no centro das nossas prioridades, é preciso potenciar o nosso vinho, seja do Dão, do Douro, do Porto ou de Távora Varosa.
Apostar nos outros produtos endógenos como o queijo, ou a maçã de bravo de Esmolfe de Penalva do Castelo ou de Armamar, ou as cerejas de Resende ou a castanha de Sernancelhe, para não ser exaustivo.
Apoiar os agricultores e a actividade do sector primário, permitirá criar mais riqueza para estes nossos conterrâneos, contribuir para o equilíbrio do nosso País, substituir produtos importados por produção nacional, levar a que muitas das terras que hoje estão ao abandono possam ser de novo trabalhadas por quem tenha projectos nesse sentido.
Ainda na terça-feira, na visita a Lamego, assumimos como prioridade para o Norte do Distrito uma Agenda para o Douro que potencie a agricultura e o turismo, que envolva os diferentes parceiros e agentes.
Também nesta visita sugerimos a criação de uma Bolsa de Terras, não está em causa a propriedade da terra, mas quem esteja em melhores condições de criar riqueza com ela, obviamente numa lógica voluntária e sem colocar em causa a propriedade.
No domínio do ensino superior, conscientes da evolução dos tempos e dos constrangimentos do País, não desistiremos de encontrar uma nova dinâmica para a nossa Região, aprofundaremos o modelo que foi liderado pelo Prof. Veiga Simão.
Colocaremos toda a nossa criatividade e empenho no encontrar das melhores soluções para o Distrito, os parcos recursos que o País tem terão que ser bem aplicados.
O futuro da nossa Região está directamente ligado à capacidade para criar riqueza, fixar pessoas e dar oportunidade aos jovens e aos que têm a infelicidade de cair na situação de desemprego.
Estamos convictos que o abandono de obras megalómanas como o TGV, a nova travessia do Tejo ou do Novo Aeroporto de Lisboa, poderão libertar verbas dos fundos comunitários, designadamente do Fundo de Coesão, que possam ser canalizadas para o apoio às Pessoas que mais precisam e para as obras de proximidade que criem riqueza e que o Distrito precisa.
O nosso compromisso é com o País porque está na hora de mudar.
O nosso compromisso solene é com quem nos elege, os habitantes do nosso Distrito, estaremos sempre do lado do nosso desenvolvimento, mesmo que isso represente opinião diferente do partido a que pertencemos.
È com esta excelente equipa que lidero que o Distrito pode contar para o representar no Parlamento.
Está na hora de mudar.
Bem hajam.







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