Almeida Henriques

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Lobo com pele de cordeiro

Após a derrota eleitoral nas eleições europeias assistimos a uma mutação do lobo que passou a vestir pele de cordeiro, a palavra humildade passou a ser utilizada à exaustão pelo Engº. José Sócrates.
Foi na noite eleitoral, na reunião do secretariado e no debate da Moção de Censura da passada quarta feira, sempre com a lógica da mensagem de plástico, pensando que é possível mascarar aquela que é a sua imagem e do governo, a arrogância, a teimosia e o não aceitar as opiniões dos outros.

Os resultados estão bem à vista no País, os portugueses fizeram o seu juízo na noite do dia 7 de Junho e, o que o Primeiro Ministro faz é dizer que com humildade democrática tem que fazer uma leitura dos resultados, para logo a seguir dizer que está muito satisfeito consigo próprio enquanto Primeiro Ministro.

De facto, vestiu a pele de cordeiro para tentar enganar os portugueses e fazer passar um novo estilo mas, a cada momento, mostra que o lobo continua a sobreviver, não se vislumbra qualquer mudança nem de discurso nem de rumo para o País.

Assim, a nossa responsabilidade é muito grande, temos que apresentar aos portugueses uma alternativa de governação para o País, um novo rumo que dê confiança, não podemos baixar os braços.

É claro que o próximo confronto eleitoral será entre duas formas de ver o País, a fórmula já estafada do PS, que agora vai pretender reciclar algumas das suas ideias mas que, em suma, o que pretende é controlar toda a sociedade e a economia, privilegiando uns em detrimento de outros e a ideia do PSD de ultrapassar a crise apostando:

Na dinâmica da iniciativa privada como motor da retoma com uma aposta nas empresas viáveis, que tenham a inovação e as exportações como objectivo principal, sem esquecer a mole de micro e PME’s que tanto têm sido prejudicadas por este Governo. Apostando nas micro e PME’s, numa lógica de transparência fiscal que se traduz na abolição do Pagamento Especial por Conta e da instituição do pagamento do IVA com o recibo para além da permissão do principio das compensações fiscais.

Na aposta numa nova relação entre o Estado e as empresas instituindo princípios que permitam ganhar o Estatuto de bom pagador, com os naturais reflexos na economia.

Com a aposta nas pessoas e promotores livres que não precisam de ter qualquer ligação a alguém.

Para já, para além da vitória eleitoral, duas batalhas vencidas, por um lado a pretensa menor arrogância do PM e do PS e o reconhecimento de que obras como o TGV não devem ser objecto de decisão por parte de um Governo em fim de festa.

Uma última constatação se reforça, o lobo não deixou de o ser, só que vestiu a pele de cordeiro.

In Noticias de Viseu, 18 de Junho de 2009

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