Almeida Henriques

quinta-feira, 18 de junho de 2009

CENSURA AO GOVERNO

Utilizando os instrumentos que o Regimento da Assembleia da República coloca ao dispor dos grupos parlamentares, o CDS-PP agendou a discussão de uma Moção de Censura, uma semana depois das eleições europeias.
Há aqui claramente uma redundância, discutir no Parlamento aquilo que foi evidente na expressão do voto dos portugueses, não foi a votação uma enorme Moção de Censura ao Governo, com a vantagem de ter sido efectuada por sufrágio directo e universal?

A três meses das eleições para a Assembleia da República a relevância do debate só existiu no apontar dos erros da governação pois não teria quaisquer consequências práticas.

Existiriam outras fórmulas de debate Parlamentar para evidenciar o mau governo socialista, está agendado para o dia 2 de Julho o Debate do Estado da Nação e para esta semana teríamos mais um debate quinzenal, dos tais que José Sócrates evitou no último mês, evitou o confronto com Paulo Rangel mas não evitou a derrota e o juízo do Povo Português.

O julgamento dos portugueses não deixou dúvidas, só o Primeiro-ministro não entendeu, ao assumir que está satisfeito consigo próprio enquanto governante.

Afinal de contas, a alteração de estratégia de comunicação, deixando a postura de lobo para vestir a pele de cordeiro, logo ficou desmascarada.

No debate nada mudou, o PS usa constantemente a palavra “humildade” mas continua a comportar-se com a arrogância habitual e não assumindo os erros que nos conduziram a este abismo que é a situação económica do País.

Afinal de contas, o Governo está em funções há quatro anos e meio e a crise despoletou-se nos últimos nove meses.

Face às eleições que temos pela frente é claro que o confronto eleitoral será entre duas formas de ver o País, a fórmula já estafada do PS, que agora vai pretender reciclar algumas das suas ideias mas que, em suma, o que pretende é controlar toda a sociedade e a economia, privilegiando uns em detrimento de outros e a ideia do PSD de ultrapassar a crise apostando:

Na dinâmica da iniciativa privada como motor da retoma com uma aposta nas empresas viáveis, que tenham a inovação e as exportações como objectivo principal, sem esquecer a mole de micro e PME que tanto têm sido prejudicadas por este Governo. Apostando nas micro e PME’s, numa lógica de transparência fiscal que se traduz na abolição do Pagamento Especial por Conta e da instituição do pagamento do IVA com o recibo para além da permissão do principio das compensações fiscais.

Na aposta numa nova relação entre o Estado e as empresas instituindo princípios que permitam ganhar o Estatuto de bom pagador, com os naturais reflexos na economia.

Com a aposta nas pessoas e promotores livres que não precisam de ter qualquer ligação a alguém.

É preciso trabalhar muito e os portugueses perceberem que a saída da crise e o projecto com futuro é o que o PSD protagoniza, é este o nosso desafio para os próximos três meses, construir com todos os nossos concidadãos uma alternativa vencedora.

Uma última nota para me penitenciar face ao Desportivo de Tondela, ao seu Presidente e meu amigo Gilberto Coimbra e ao meu amigo Carlos Marta.

Foi brilhante o percurso do desportivo de Tondela que é um justo vencedor e que vem enriquecer o Distrito juntamente com o Académico de Viseu.

Não só ganhou o grupo, como ajudou com a sua performance o atingir do resultado por parte destas duas equipas do Distrito; estão pois de parabéns os atletas, dirigentes e apoiantes do Académico e do Tondela.

In Diário de Viseu, 18 de Junho de 2009

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