Almeida Henriques

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Para quando medicina física em Viseu?, in As Beiras On Line

Para quando medicina física em Viseu?

O deputado Almeida Henriques alerta para o facto de não existirem serviços convencionados na área da medicina física e de reabilitação.
Deputados do PSD questionaram a ministra da Saúde sobre quando pretende resolver o “grave constrangimento da inexistência de resposta adequada” no distrito de Viseu ao nível da medicina física e de reabilitação.
Em declarações à Lusa, o deputado Almeida Henriques lembrou que esta é uma questão que têm abordado há vários anos, mas que não tem tido solução por parte do Governo.
Em Viseu não há serviços convencionados nesta área. Os doentes que necessitarem de tratamento têm de ir para o Luso (distrito de Aveiro) ou para Gouveia (distrito da Guarda) de táxi”, lamentou.
Almeida Henriques considera que “em Viseu há uma série de unidades de fisioterapia privadas devidamente certificadas, que prestam serviço à ADSE e aos seguros”, com as quais poderiam ser celebradas convenções.
O deputado social-democrata contou ter recebido “vários relatos de pessoas” sobre as dificuldades dessas viagens, de que é exemplo o de Alfredo Mendes.
O idoso, de 70 anos, contou à Lusa que ele e a mulher, de 74 anos, foram em Julho à consulta a Gouveia e aguardam agora ser chamados para fazer tratamento.
“Estava um calor brutal, cheguei cá completamente arrasado e a pensar que não valia a pena ir à médica de família pedir a credencial para começar os tratamentos”, contou Alfredo Mendes, que além sofrer de polineuropatia axonal crónica dos membros inferiores, padece também da doença de Menière, que lhe provoca tonturas e vertigens.
Admitiu também não poder suportar os “10 a 15 euros” de cada tratamento nas clínicas privadas, que teria de ser feito “pelo menos três vezes por semana”.
“Os beneficiários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de Viseu estão a ser discriminadas em relação a
beneficiários dos outros distritos”, lamentou.
Alfredo Mendes contou ter exposto a sua situação à Provedoria de Justiça, que na resposta admitiu a “existência de constrangimentos” no acesso dos utentes do SNS aos tratamentos, restando-lhes a deslocação a clínicas fora da região de Viseu ou “a assunção total dos custos dos tratamentos e ulterior solicitação da comparticipação do SNS”.
“Ambas as hipóteses aportam reconhecidos inconvenientes para os utentes”, referia o documento, a que a Lusa teve acesso.

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