Almeida Henriques

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Governo deixa cair TGV e 3ª. travessia do Tejo


Ainda na segunda-feira (4 de Abril de 2011) da semana passada o Primeiro-ministro afirmava a pés juntos que o TGV era para avançar, que havia financiamento assegurado a boa taxa e que seria uma irresponsabilidade não aproveitar.
Há seis anos que mantém esta teimosia, contra todas as opiniões avisadas que recomendam que o País não avance com obras públicas faraónicas para as quais não tem dinheiro.
Ao invés de gastar quase a totalidade do dinheiro que consta do fundo de coesão, cerca de 1.000 milhões de euros alocados a esta obra, justifica-se mais uma maior aposta no apoio aos que mais precisam bem como em acessibilidades de proximidade, com mais-valia para a economia, como por exemplo a ligação em auto-estrada entre Viseu e Coimbra.
Mais ridículo é agora sabermos que o Governo deixou cair a 2ª. fase do TGV e a terceira travessia do Tejo, se assim é menos se justifica avançar com a 1ª. fase entre Poceirão e Caia, uma ligação entre duas povoações com 5.000 habitantes que, como se sabe, ainda nem a aprovação do Tribunal de Contas tem.
Depois de suspenso o primeiro concurso com a promessa de que haveria um segundo passados seis meses – ou seja, em meados de Março – o Governo, ao que parece, deixa cair o projecto em definitivo.
Peca por tardia esta decisão, quem não tem dinheiro não tem vícios.
Mas, mais uma vez, quem vai suportar a teimosia de José Sócrates?
Face às informações, inclusive numa entrevista do Presidente do consórcio, já estarão gastos para cima de 100 milhões de euros, o que poderá implicar indemnizar o consórcio FCC/ Mota Engil.
Este Primeiro-ministro tem que ser penalizado politicamente, mas não se devia ficar por aqui, esta teimosia já custou centenas de milhões de euros de juros na demora do pedido de ajuda externa a que se junta agora este montante, já soma quase 500 milhões de euros de custos a mais.
Se devemos ser rigorosos na gestão do nosso dinheiro, por maioria de razão o teremos que ser em relação ao dinheiro de todos nós, ainda para mais quando não o temos e precisamos pedir emprestado.
Quem paga tamanha irresponsabilidade de dizer hoje uma coisa e amanhã o seu contrário? Estas “brincadeiras”, “teimosias” e “estados de alma” custam milhões ao bolso de todos nós, é bom que se reflicta e, se responsabilize politicamente quem destruiu o nosso belo País.

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