Almeida Henriques

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Fisioterapia em Viseu, acabe-se com a discriminação negativa

Saúdo a iniciativa do nosso conterrâneo Alfredo Mendes, que ao avançar com a petição sobre a falta de serviços convencionados no domínio da fisioterapia (medicina física e de reabilitação) em Viseu, larga o grito de revolta de quem necessita deste serviço e não o tem e une todos aqueles que estão solidários e querem uma resolução urgente deste problema.
Esta grave discriminação negativa do nosso Distrito de Viseu, que só tem serviços convencionados no Luso, Gouveia e Régua, obriga a cansativas e dispendiosas deslocações de táxi e a um eterno caminhar para as listas de espera à procura de um tratamento.
De facto, as condições do Hospital S. Teotónio de Viseu só permitem dar resposta a metade das cerca de 800 intervenções diárias necessárias, o que significa que ficam de fora 400 pessoas; as que têm cobertura de seguros ou ADSE ou outro regime, recorrem às clínicas de fisioterapia existentes em Viseu, as que são do serviço nacional de saúde, penam à espera da requisição e do táxi que as conduzirá às localidades já referidas, cada uma delas a cerca de uma hora de Viseu; em alternativa pagam do próprio bolso, o que é inadmissível, pois é uma clara discriminação face a outras regiões do País.
Há vários anos que coloco este assunto na agenda de discussão; na passada maioria absoluta do PS, assumiram o compromisso de resolver este problema, situação que nunca se verificou.
Foram já várias as questões que coloquei, quer ao Ministro da Saúde anterior, quer aos que lhe sucederam, sendo que há poucos dias foi reiterada a necessidade objectiva de resolver o assunto e apontado como solução contratualizar com as Santas Casas da Misericórdia de Vouzela, Oliveira de Frades e agora também Aguiar da Beira.
Estive com o Presidente da ARS Centro em Coimbra no Verão passado, comprometeu-se comigo a encontrar uma solução, continuo à espera bem como do atendimento dos inúmeros telefonemas que tenho efectuado.
Relembro que numa resposta a pergunta por mim colocada, foi reconhecido que o … Hospital de S. Teotónio de Viseu “não possui capacidade instalada para atender, em ambulatório, todas as necessidades expressas na prescrição médica para este tipo de cuidados.”
Recentemente, em resposta a nova pergunta, reiteram este reconhecimento apontando como solução os protocolos a celebrar com as Misericórdias de Aguiar da Beira, Vouzela e Oliveira de Frades dizendo que esperam assegurar uma boa cobertura geográfica somando estes novos serviços ao do Hospital de S. Teotónio e da APPC.
É óbvio que esta solução permitirá aos habitantes de Lafões uma maior proximidade mas, quanto ao grosso dos que necessitam de tais cuidados, designadamente no Concelho de Viseu, ficarão de fora.
É urgente que se encontre uma instituição do Concelho de Viseu para efectuar protocolo idêntico ou, em alternativa, alargar o âmbito do acordo existente com a APPC
É muito oportuna esta iniciativa dos cidadão de Viseu, que já tive a oportunidade de subscrever, esta é uma causa que não podemos deixar de abraçar, acima dos partidos e das convicções de cada um, em nome dos que necessitam.
A minha solidariedade pessoal e politica e a garantia de que continuarei a colocar este assunto na agenda das prioridades locais até que a solução apareça.

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