Almeida Henriques

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Portugal na Presidência da Assembleia Parlamentar da OSCE

Acompanhei esta semana a uma grande distância, participando na 17ª. Assembleia Anual da Assembleia Parlamentar da OSCE, Organização de Segurança e Cooperação Europeia, em Astana, no Cazaquistão.


Há cerca de cinco anos que, juntamente com o meu colega socialista João Soares, iniciámos uma estratégia de acompanhamento e intervenção da nossa delegação parlamentar nesta importante organização, tendo culminado com a eleição deste meu amigo para Presidente, assumindo eu, interinamente, a presidência da nossa delegação.

Prova que, com uma boa estratégia, somos capazes e merecemos o reconhecimento, neste caso, de 56 Países, da Europa e Ásia, para além da Rússia, Estados Unidos e Canadá; ao longo deste tempo participámos activamente nas diferentes reuniões, para além das inúmeras missões de observação eleitoral, em países como a Sérvia, Montenegro, Geórgia, Rússia, Quirquistão e Cazaquistão, entre outras, aliás, um dos principais pilares desta organização.

Face ao seu figurino, a OSCE teve uma importância fundamental na estabilização democrática dos ex países de leste e, neste momento, está a efectuar um trabalho relevante em missões como a do Kosovo e na estabilização da Ásia Central.

Nos próximos dois anos teremos, pois, um português a presidir a esta Assembleia Parlamentar da OSCE, orgulho-me de ter contribuído activamente para este objectivo.

Nas relações de Portugal com o mundo, as opções partidárias têm de ficar de lado, para além de que João Soares é de facto uma pessoa “talhada” para esta missão, tem sido enriquecedor estreitar esta relação de amizade, estou certo que fará um bom trabalho, com o apoio de toda a delegação portuguesa, parabéns pela eleição.

Quanto ao Cazaquistão, independente da ex URSS desde Dezembro de 1991 e presidido por Nursultan Nazarbayev desde a independência, tem efectuado o seu percurso no capitulo do respeito dos direitos humanos, está a construir uma economia de mercado, embora com um forte planeamento e intervenção do Estado e, no domínio democrático, o presidente foi reeleito em 2005 com 91% dos votos e o Senado e a Assembleia, são praticamente monocromáticas, um longo percurso democrático ainda por fazer.

É um País imenso, onde cabe toda a Europa, com uma população de 15 milhões de pessoas, com uma produção diária de 800.000 barris de petróleo, o que lhes dá uma riqueza imensa e capacidade de investimento.

A título de exemplo, Astana, a nova capital, está a comemorar o seu 10º. Aniversário, cresceu 600.000 pessoas neste período, estão a ser investidos biliões de dólares na construção de uma cidade grandiosa, de largas avenidas, grandes prédios de arquitectura arrojada, nem sempre de bom gosto, mas imponentes; trata-se de um verdadeiro “oásis” na Ásia Central, com uma população muito jovem, média de 34 anos, aconselho o aprofundamento do conhecimento do País, um caso deveras interessante, com uma posição geoestratégica fundamental; assume a presidência da OSCE em Janeiro de 2010.

Não resisti a partilhar esta experiência, o que me deixa pouco espaço para abordar, esta semana, questões locais ou nacionais.

Duas referência positivas:

Uma à actuação do Presidente da Câmara de S. Pedro do Sul em relação ás Termas, representam cerca de 50% do sector em Portugal, com os investimentos efectuados, esta posição poderá consolidar-se, uma opção estratégica num recurso endógeno que cumpre realçar.

Outra à responsabilidade social da Martifer, assina um protocolo com a Autarquia de Oliveira de Frades, de construção na Zona Industrial de creche, jardim de infância e escola do primeiro ciclo, para além de acção directa no domínio da formação dos seus trabalhadores, através de um Centro Novas Oportunidase felicito o Presidente da Autarquia e os irmãos Martins.

Por último, o que eu temia concretiza-se, a Direcção Regional da Estradas de Portugal é dada como certa em Coimbra, não é assim Senhor Presidente da Federação Distrital do PS de Viseu?

Viseu perde com essa atitude de “avestruz”, cabeça na areia ignorando a realidade e atirando “areia para os olhos”, os serviços e a sua localização é que são estruturantes para o futuro, nunca ouvi uma posição que fosse em defesa do nosso Distrito, tanto seguidismo e concordância cega com o Governo de José Sócrates já é demais.

Desminta-me se for capaz, quanto a esta questão das Estradas de Portugal e da Direcção Regional, Coimbra fica, assim, com a CCDR, Estradas de Portugal, ASAE, Administração da Região Hidrográfica do Centro, Emprego, Saúde, Cultura, Educação e Economia! e… Viseu… um a Inspecção das Condições de Trabalho, uma estrondosa derrota para Viseu!

É com tristeza que afirmo esta realidade, trocava uma qualquer estrada pela Direcção Regional da Estradas de Portugal !

É esta a capacidade de influência do Partido Socialista em Viseu, onde está s sua voz ?!...

In Diário de Viseu, 04 de Julho de 2008

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