Outra vez o concurso de beneficiação da Estrada Viseu Sátão (EN 229)
Quanto à importância desta intervenção, estamos conversados, penso que existe unanimidade, inclusive do Governo.
O Senhor Ministro Mário Lino e o Secretário de Estado das Obras Públicas assumiram o compromisso do lançamento do concurso e a resposta ao meu requerimento refere que está contido no Plano de Actividades das Estradas de Portugal.
Se está tudo pronto, porque não avança o concurso, porque é que o Governo está a faltar à palavra dada ?
É pouco sério o Senhor Secretário de Estado querer negociar com os Presidentes das Câmaras de Viseu e Sátão, quanto a uma ligação de raiz entre a recta do Pereiro e o Caçador, colocando esta solução como alternativa, limitando-se a colocar um tapete na EN 229.
Sabemos que é empurrar o problema para a frente, nem daqui a cinco anos a nova estrada estará construída; elaborar projecto, estudo de impacto ambiental, lançamento do concurso, construção, etc. etc., todos sabemos que é assim.
Quem é que o Governo quer enganar ?
Onde está a incompatibilidade entre as duas obras ?
Será que a resposta ao meu requerimento não é verdadeira ?
São várias interrogações que me assolam e, mais uma vez, não vejo o empenhamento do Partido Socialista na resolução do problema.
Definitivamente, avancem com o concurso da obra, como prometido, e tratem com calma da solução estruturante de ligação à A25.
Era importante que todos os interessados, Presidentes de Junta, Escolas, população (e já agora também os responsáveis do PS), se mobilizassem para que este problema não seja empurrado com a barriga, como é apanágio do Governo Socialista.
Onde está o dinheiro do QREN para as empresas, autarquias e instituições?
No debate da moção de censura ao Governo que se realizou na quinta feira (5 de Junho), provou-se que o QREN foi lançado, houve celeridade na aprovação de alguns projectos bem como na marcação de sessões públicas de propaganda (tivemos uma em Viseu com a presença do Senhor Primeiro Ministro) mas dinheiro, nem um cêntimo!
Questionei o Senhor Primeiro Ministro, instiguei-o a dizer quantos cêntimos já tinham sido pagos às empresas, instituições ou autarquias !
O silêncio foi elucidativo, sabemos que nem um cêntimo, ainda, foi pago a nenhum promotor.
Para fazer face a esta conjuntura negativa, muito importante seria o cumprimento nos pagamentos, por parte do Governo, quer no QREN, quer nas dívidas às empresas, que se estima ultrapassem os 3 mil milhões de euros, 1,5% do PIB.
É caso para dizer, bem prega o Frei Tomás, olha para o que ele diz e não para o que ele faz, isto é, o Governo não perdoa um cêntimo de juros se nos atrasamos no pagamento dos impostos, mas paga tarde e a más horas
In Diário de Viseu, 6 de Junho de 2008
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