Almeida Henriques

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Unir esforços para revitalizar o Centro Histórico

Urge unir esforços para revitalizar o Centro da Cidade


Ainda bem que a discussão em torno da dinamização do centro histórico tem vindo a ganhar adeptos, é algo de que venho a falar há mais de cinco anos, é bom verificar que os comerciantes, bem como alguns cidadãos que protagonizaram uma petição sobre o assunto e a autarquia colocaram este problema na ordem do dia e como prioritário.

Recordo muitas vezes a minha própria experiência de juventude, quando vivia na rua Direita e éramos às dezenas os jovens que a utilizavam a caminho do Liceu Alves Martins e da Escola Comercial.

Hoje, contam-se pelos dedos as crianças que vivem nesta zona da cidade, a população é esmagadoramente idosa e há uma evidente desertificação.

A politica de solos praticada um pouco por todo o País, empurrou as pessoas para as periferias das cidades, criando as chamadas “cidades donut”.

Quem acaba por pagar a factura mais pesada é o pequeno comércio tradicional que, apesar de assentar a sua estratégia numa postura personalizada, de simpatia para com o cliente, não consegue contrariar o movimento decrescente das receitas que entram na caixa registadora, pois as pessoas não circulam nas artérias onde estão localizados.

É de facto preciso unir esforços, mas com urgência, o projecto apresentado pela Autarquia, preparado pela Parque Expo, é um bom ponto de partida, deve ser a partir deste que toda a discussão deve ser mantida.

Como pressupostos desta discussão tem que estar a dinamização de um ou vários centros comerciais de ar livre que concorram com as outras ofertas que temos na cidade; para isto acontecer, importa que os comerciantes tenham mais espírito associativo, uma participação activa da autarquia na concentração de eventos que levem as pessoas ao seu Centro mas, importa também, que o Governo “acorde” e que dê também prioridade a esta questão, designadamente, deixando-se das “esmolas” do Modcom, e alocando as verbas do QREN e do Fundo do Comércio, na sua totalidade, para a dinamização dos Centros Urbanos nas suas diferentes vertentes, não vale a pena “pulverizar” apoios, é preciso “concentrar”, com uma lógica integrada que produza um efeito mobilizador e estanque o problema.

Ao mesmo tempo, é preciso que as pessoas voltem a viver nos centros urbanos, envolver empresas e empreendedores na reconstrução dos edifícios e estimular casais jovens a instalarem-se.

Fundamental também é a localização de estruturas que tragam pessoas ao Centro.

Nesta matéria, espero dar um bom contributo e que a Escola Tecnológica de formação dual, parceria entre o Conselho Empresarial do Centro (CEC) e a Câmara de Comércio e Indústria Luso Alemã que estou a dinamizar, se possa instalar no centro histórico.

Todos os contributos ajudam, este é o meu, discutir o assunto, ajudar a encontrar soluções e aproveitar sinergias, ao contrário de outros actores que só falam, falam … e não os vemos a fazer nada, actuam como autênticas caixas de ressonância do Governo, esquecendo-se que foram eleitos Deputados para servirem o seu círculo eleitoral.

Viseu Gourmet, uma aposta ganha

Uma palavra para o Viseu Gourmet que arrancou na quinta feira, uma aposta ganha da Comissão Vitivinícola do Dão e da Região Turismo Dão Lafões, duas instituições que se habituaram a andar de braço dado, para bem de todos nós.

Felicito as duas instituições, a promoção de Dão e de Viseu faz-se com iniciativas de qualidade, apesar de ser só a segunda edição, é uma iniciativa que já ganhou o seu espaço.

In Diário de Viseu, 23 de Maio de 2008

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