Almeida Henriques

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Portugal não pode falhar

O Governo tomou posse numa cerimónia espartana, em sintonia com a grave situação do nosso Portugal, o novo Primeiro-ministro, Dr. Pedro Passos Coelho, assume que "realismo em política não é sinónimo de resignação contemplativa", promete "procura e concretização de soluções" consciente que não existem varinhas de condão, foram muitos anos a arruinar o País.
Promete "responsabilidade, abertura e transparência", refere que "a crise que hoje atravessamos mostrou o esgotamento dos modos antigos e fez ressoar o apelo à mudança " e que só se pode assumir o rumo de um País mais aberto, celebra um Pacto de Confiança, que é simultaneamente também "de responsabilidade e de abertura entre o Governo e a sociedade portuguesa".
Defendeu a autonomia da sociedade como o caminho para o desenvolvimento, "um Estado que ajuda a sociedade a florescer e não a sufocá-la", um Estado mais pequeno e ágil, mais forte e uma sociedade mais livre, com autonomia e mais próspera.
O caminho a seguir será de responsabilização de todos, Portugal tem um compromisso com a tróika, dele depende a nossa sustentabilidade, o País precisa de reformas que implicam entendimentos alargados, fundamental se torna um bom relacionamento entre os partidos do governo e o PS, bem como uma colaboração estreita entre os vários órgãos de soberania, para além do envolvimento dos parceiros sociais.
Vive-se e respira-se de outra forma em Portugal, a forma de fazer política mudou, já não se governa nos telejornais, acabou o frenesim que privilegiava a forma em detrimento do conteúdo, há uma nova esperança, apesar da consciência da grave situação.
A forma célere e discreta como foi formado o Governo, para além da inquestionável valia das personalidades que o compõem, um misto de experiência política e de contributo de independentes, um claro sinal para a sociedade, dão garantias de um trabalho sério, empenhado, com caras e competências novas.
A eleição da Dra. Assunção Esteves para o segundo lugar da hierarquia do Estado é também um bom indício, pela primeira vez uma mulher a presidir à Casa da Democracia, um rosto novo com provas dadas, sem dúvida mais um bom sinal deste novo ciclo político.
Após um acto eleitoral clarificador, o Parlamento e o Governo iniciam uma nova caminhada, na próxima semana conhecer-se-ão as bases programáticas do acordo entre PSD e CDS, a base do programa do governo a aprovar na Assembleia da Republica, ficando o Governo plenamente investido com a sua aprovação.
Ainda esta semana esteve já o Primeiro-ministro no Conselho Europeu, dando novos sinais de confiança e esperança aos nossos parceiros europeus.
Como disse o Dr. Pedro Passos Coelho, este ano não há tempo para férias, a tarefa é enorme, a determinação também, estaremos certamente à altura dos desafios que nos esperam.
Como disse o Primeiro-ministro no discurso de posse, "Portugal não pode falhar, eu sei que Portugal não falhara".

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