Almeida Henriques

sábado, 27 de setembro de 2008

Viseu, Dia do Municipio

Viseu comemorou o Dia do Município homenageando os seus funcionários, algo que é já uma tradição e que se deve realçar.



De facto, o desenvolvimento que Viseu conheceu nos últimos vinte anos, é seguramente trabalho da equipa autárquica liderada pelo Dr. Fernando Ruas mas, em larga medida, o sucesso resulta do empenhamento de todos os viseenses e dos colaboradores da autarquia, pelo que estão de parabéns todos os homenageados e o Presidente da Câmara por manter esta boa tradição.



Cada vez mais, o desafio de Viseu passa pela afirmação na diferença, pela capacidade de agir em rede.



E os desafios são inúmeros, permitindo-me destacar três.



Por um lado, a revitalização do Centro Histórico, é fundamental a candidatura que a autarquia aprovou e que levará a uma requalificação alargada, com o envolvimento de inúmeras instituições, bem como o “funicular” que se assumirá como obra de referência, mas não chega!



Importa que todos assumam este problema como seu, todos os contributos, desde que sejam prestados com um sentido positivo, são bem vindos.



É fundamental captar casais jovens que escolham o centro histórico para viver.



Importa captar instituições que tragam movimento ao centro histórico, devemos remar no sentido de a Loja do Cidadão se localizar nesta importante área, subscrevo a petição, aceitando o desafio de o fazer publicamente;



A localização futura da Escola Dual Alemã, que estou a promover com a Câmara de Comércio e Indústria Luso Alemã, com um envolvimento inexcedível do Dr. Fernando Ruas, será certamente mais um contributo.



O lançamento de uma incubadora de empresas do Centro Histórico, poderia ser mais uma ideia a desenvolver, a rua das Artes poderia ser também mais um conceito a explorar, promovendo a fixação de artistas plásticos de renome na nossa cidade, reavivar a Escola de Grão Vasco do séc. XXI, enfim, um conjunto de ideias que poderíamos aprofundar.



Com uma certeza, o envolvimento dos comerciantes e da Associação Comercial é decisivo, há que efectuar uma task force que leve à criação urgente de uma dinâmica de Centro Comercial de Ar Livre.



O Segundo desafio, a captação de novos investimentos e o estímulo a Grupos empresariais que aqui se localizam, para o continuarem a fazer.



O Parque Empresarial de Mundão e a parceria com a AIRV, através da GestinViseu, bem como o projecto de Parque Tecnológico de Lordosa, concertado com o facto de a Agência de Captação de Investimentos, denominada Win Centro, ter a sua sede operacional em Viseu, serão factores que poderão potenciar um cada vez maior crescimento de Viseu, com a boa tónica de que “ em Viseu dá gosto viver”, isto é, com qualidade de vida.



Por último, Viseu continua a precisar da sua Universidade, o entendimento entre a Universidade Católica e o Instituto Politécnico, apadrinhado pela AIRV, deve ser um movimento a não parar, o poder politico (leia-se Governo) prestará um grande serviço a Viseu se não criar obstáculo, como vem sendo hábito.



Esta dinâmica é fundamental, numa lógica de boa interacção com as maiores e melhores empresas da Região, para promover uma cultura de empreendedorismo e permanente inovação.



O sector da Energia deve ser uma das nossas bandeiras, tirando partido das diferente competências que temos à volta de Viseu, no âmbito das energias renováveis e da eficiência energética.



Também a metalomecânica deve assumir para nós uma centralidade, potenciando competências instaladas e tirando partido da nossa proximidade a Águeda, Viseu tem que liderar a nível nacional a criação do Pólo de Competitividade da Metalomecânica.



Por outro lado, continuar a apostar na indústria automóvel, montagem e componentes, estreitando trabalho com as excelentes empresas que temos e procurando captar novas.



É o momento certo para darmos as mãos e potenciar novos saltos qualitativos, com o envolvimento de todas as entidades, repartindo tarefas, com uma atitude positiva.



Não será com atitudes de procurar escamotear os problemas, tentando explicar o inexplicável que chegaremos a um clima favorável ao nosso desenvolvimento.

In Diário deViseu, 27 de Setembro de 2008

Sem comentários:

Enviar um comentário